sexta-feira, 14 de dezembro de 2018
terça-feira, 11 de dezembro de 2018
VEGETARIANOS NO BRASIL
PESQUISA DO IBOPE APONTA CRESCIMENTO HISTÓRICO
NO NÚMERO DE VEGETARIANOS NO BRASIL
No Brasil, 14% da população se declara vegetariana, segundo
pesquisa do IBOPE Inteligência conduzida em abril de 2018.
Nas regiões metropolitanas de São Paulo, Curitiba, Recife e
Rio de Janeiro este percentual sobe para 16%. A estatística
representa um crescimento de 75% em relação a 2012, quando
a mesma pesquisa indicou que a proporção da população
brasileira nas regiões metropolitanas que se declarava
vegetariana era de 8% . Hoje, isto representa quase 30 milhões
de brasileiros que se declaram adeptos a esta opção alimentar
– um número maior do que as populações de toda a Austrália
e Nova Zelândia juntas - em um grupo que inclui cada vez mais
personalidades, como Xuxa Meneghel, Júnior Lima, Tatá
Werneck, Yasmin Brunet, Luisa Mell, João Gordo, Isabelle
Drummond e Giulia Gayoso.
A pesquisa do IBOPE Inteligência mostra ainda o crescimento
rápido no interesse por produtos veganos (ou seja, livres de
qualquer ingrediente de origem animal) na população em
geral: mais da metade dos entrevistados (55%) declara que
consumiria mais produtos veganos se estivessem melhor
indicados na embalagem ou se tivessem o mesmo preço
que os produtos que estão acostumados a consumir (60%).
Nas capitais, esta porcentagem sobe para 65%.
O salto surpreendente no número de pessoas que exclui
alimentos de origem animal de seu cardápio reflete tendências
mundiais consolidadas de busca por uma alimentação mais
saudável, sustentável e ética. Por um lado, o reconhecimento
dos benefícios de uma alimentação vegetariana para a saúde
é cada vez maior, com grandes organizações - como a
Organização Mundial de Saúde - se pronunciando sobre os
riscos do consumo elevado de carnes. Por outro lado, o
crescimento no número de pessoas que opta por excluir as
carnes e derivados do cardápio, ou reduzir seu consumo, é
impulsionado pela preocupação crescente da população com
os impactos de seus hábitos de consumo. Dentre estas, estão
as preocupações com o impacto ambiental negativo da
pecuária e a indignação com as condições de vida impostas
aos animais usados nos processos de produção. De fato, uma
pesquisa do Datafolha de 2017 já havia mostrado que 63% dos
brasileiros quer reduzir o consumo de carne.
Seguindo as mesmas tendências, em todo o mundo há
empresas e investidores começando a mudar de rumo, com
investimentos crescentes no setor de proteínas vegetais e de
substitutos às carnes, leite e ovos. Nomes famosos, como Bill
Gates, Richard Branson (da Virgin) e Sergey Brin (do Google)
apostam no crescimento do setor. As estimativas
apresentadas na pesquisa do IBOPE revelam que as
oportunidades de negócios são também enormes para as
empresas e investidores brasileiros atentos a estes dados.
Segundo Ricardo Laurino, presidente da Sociedade
Vegetariana Brasileira, “o vegetarianismo está deixando de
ser uma escolha de uma parcela restrita da população, para
rapidamente ocupar posição central na mesa dos brasileiros”.
SOBRE A PESQUISA
As entrevistas foram realizadas por uma equipe de
entrevistadores do IBOPE Inteligência em 142 municípios
nas capitais, periferias e interiores das regiões Norte,
Centro-Oeste, Nordeste, Sul e Sudeste do país. O universo
amostral incluiu representantes de ambos os sexos, das
classes A, B, C e DE, com 16 anos ou mais. A margem de erro
desta amostra com respeito a população brasileira em geral é
estimada em 2 pontos percentuais, com um nível de confiança
estatística de 95%. A pesquisa foi encomendada pela
Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), mas inteiramente
realizada pelo IBOPE Inteligência.
===================
Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB)
NO NÚMERO DE VEGETARIANOS NO BRASIL
No Brasil, 14% da população se declara vegetariana, segundo
pesquisa do IBOPE Inteligência conduzida em abril de 2018.
Nas regiões metropolitanas de São Paulo, Curitiba, Recife e
Rio de Janeiro este percentual sobe para 16%. A estatística
representa um crescimento de 75% em relação a 2012, quando
a mesma pesquisa indicou que a proporção da população
brasileira nas regiões metropolitanas que se declarava
vegetariana era de 8% . Hoje, isto representa quase 30 milhões
de brasileiros que se declaram adeptos a esta opção alimentar
– um número maior do que as populações de toda a Austrália
e Nova Zelândia juntas - em um grupo que inclui cada vez mais
personalidades, como Xuxa Meneghel, Júnior Lima, Tatá
Werneck, Yasmin Brunet, Luisa Mell, João Gordo, Isabelle
Drummond e Giulia Gayoso.
A pesquisa do IBOPE Inteligência mostra ainda o crescimento
rápido no interesse por produtos veganos (ou seja, livres de
qualquer ingrediente de origem animal) na população em
geral: mais da metade dos entrevistados (55%) declara que
consumiria mais produtos veganos se estivessem melhor
indicados na embalagem ou se tivessem o mesmo preço
que os produtos que estão acostumados a consumir (60%).
Nas capitais, esta porcentagem sobe para 65%.
O salto surpreendente no número de pessoas que exclui
alimentos de origem animal de seu cardápio reflete tendências
mundiais consolidadas de busca por uma alimentação mais
saudável, sustentável e ética. Por um lado, o reconhecimento
dos benefícios de uma alimentação vegetariana para a saúde
é cada vez maior, com grandes organizações - como a
Organização Mundial de Saúde - se pronunciando sobre os
riscos do consumo elevado de carnes. Por outro lado, o
crescimento no número de pessoas que opta por excluir as
carnes e derivados do cardápio, ou reduzir seu consumo, é
impulsionado pela preocupação crescente da população com
os impactos de seus hábitos de consumo. Dentre estas, estão
as preocupações com o impacto ambiental negativo da
pecuária e a indignação com as condições de vida impostas
aos animais usados nos processos de produção. De fato, uma
pesquisa do Datafolha de 2017 já havia mostrado que 63% dos
brasileiros quer reduzir o consumo de carne.
Seguindo as mesmas tendências, em todo o mundo há
empresas e investidores começando a mudar de rumo, com
investimentos crescentes no setor de proteínas vegetais e de
substitutos às carnes, leite e ovos. Nomes famosos, como Bill
Gates, Richard Branson (da Virgin) e Sergey Brin (do Google)
apostam no crescimento do setor. As estimativas
apresentadas na pesquisa do IBOPE revelam que as
oportunidades de negócios são também enormes para as
empresas e investidores brasileiros atentos a estes dados.
Segundo Ricardo Laurino, presidente da Sociedade
Vegetariana Brasileira, “o vegetarianismo está deixando de
ser uma escolha de uma parcela restrita da população, para
rapidamente ocupar posição central na mesa dos brasileiros”.
SOBRE A PESQUISA
As entrevistas foram realizadas por uma equipe de
entrevistadores do IBOPE Inteligência em 142 municípios
nas capitais, periferias e interiores das regiões Norte,
Centro-Oeste, Nordeste, Sul e Sudeste do país. O universo
amostral incluiu representantes de ambos os sexos, das
classes A, B, C e DE, com 16 anos ou mais. A margem de erro
desta amostra com respeito a população brasileira em geral é
estimada em 2 pontos percentuais, com um nível de confiança
estatística de 95%. A pesquisa foi encomendada pela
Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), mas inteiramente
realizada pelo IBOPE Inteligência.
===================
Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB)
segunda-feira, 10 de dezembro de 2018
LUZES
"SOMENTE ASSIM
Ama.
Perdoa.
Serve.
Luta.
Caminha.
Compreende.
Esquece.
Ilumina.
Socorre.
Espera.
Ora.
Só assim terás plena convicção de que
aconteça o que acontecer,
seja onde for, como for e com quem for,
estarás acertando sempre."
Irmão José
("Espírito e vida",
psicografia Chico Xavier)
Ama.
Perdoa.
Serve.
Luta.
Caminha.
Compreende.
Esquece.
Ilumina.
Socorre.
Espera.
Ora.
Só assim terás plena convicção de que
aconteça o que acontecer,
seja onde for, como for e com quem for,
estarás acertando sempre."
Irmão José
("Espírito e vida",
psicografia Chico Xavier)
domingo, 9 de dezembro de 2018
sábado, 3 de novembro de 2018
A DECISÃO SÁBIA
"A DECISÃO SÁBIA
Em tempos recuados, existiu um rei poderoso e bom,
que se fizera notado pela sabedoria.
Convidado a verificar, solenemente, a invenção de um
súdito, cuja cabeça era um prodígio na matemática,
compareceu em trajes de honra à festa em que o novo
aparelho seria apresentado.
O calculista, orgulhoso, mostrou a obra que havia
criado pacientemente.
Tratava-se de largo tabuleiro forrado de veludo negro,
cercado de pequenas cavidades, sustentando regular
coleção de bolas de madeira colorida.
Acionadas por longos tacos de marfim, essas bolas
rolavam na direção das cavidades naturais, dando ensejo
a um jogo de grande interesse pela expectação que
provocava.
Revestiu-se a festa de brilho indisfarçável.
Contendores variados disputaram partidas de vulto.
Dia inteiro, grande massa popular rodeou o invento,
comendo e bebericando.
O próprio monarca seguiu a alegria geral, dando mostras
de evidente satisfação. Serviu-se, ao almoço, junto às
grandes bandejas de carne, pão e frutos, em companhia
dos amigos, e aplaudia, contente, quando esse ou aquele
participante do novo e inocente jogo conseguia posição
invejável perante os companheiros.
À tardinha, encerrada a curiosidade geral, o inventor
aguardou o parecer do soberano, com inexcedível orgulho.
Aglomerou-se o povo, igualmente, a fim de ouvi-lo.
Não se cansava o público de admirar o jogo efetuado,
através de cálculos divertidos.
Despedindo-se, o rei levantou-se, fêz-se visto de todos
e falou ao vassalo inteligente:
— Genial matemático: a autoridade de minha coroa
determina que sua obra de raciocínio seja premiada com
cem peças de ouro que os cofres reais levarão ao seu
crédito, ainda hoje, em homenagem à sua paciência e
habilidade. Essa remuneração, todavia, não lhe visa
sômente o valor pessoal, mas também certos benefícios
que a sua máquina vem trazer a muitos homens e mulheres
de meu reino, menos afeitos às virtudes construtivas que
todos devemos respeitar neste mundo. Enquanto jogarem
suas bolas de madeira, possivelmente muitos indivíduos,
cujos instintos criminosos ainda se acham adormecidos,
se desviarão do delito provável e muitos caçadores
ociosos deixarão em paz os animais amigos de nossas
florestas.
O monarca fêz comprida pausa e a multidão prorrompeu
em aplausos delirantes.
Via-se o inventor cercado de abraços, quando o soberano
recomeçou:
- Devo acrescentar, porém, que a sabedoria de meu cetro
ordena que o senhor seja punido com cinquenta dias de
prisão forçada, a fim de que aprenda a utilizar sua
capacidade intelectual em benefício de todos.
A inteligência humana é uma luz cuja claridade deve ser
consagrada à cooperação com o Supremo Senhor, na
Terra. Sua invenção não melhora o campo, nem
cria trabalho sério; não ajuda as sementes, nem ampara os
animais; não protege fontes, nem conserva estradas; não
colabora com a educação, nem serve aos ideais do bem.
Além disto, arrasta centenas de pessoas, qual se verificou
neste dia, conosco, a perderem valioso tempo na
expectativa inútil. Volte aos seus abençoados afazeres
mentais, mesmo no cárcere, e dedique sua inteligência
a criação de serviço e utilidades em proveito de todos,
porque, se o meu poder o recompensa, a minha
experiência o corrige.
Quando o rei concluiu e desceu da tribuna, o inventor se
fizera muito pálido, o povo não bateu palmas; entretanto,
toda gente aprendeu, na decisão sábia do grande
soberano, que ninguém deve menosprezar os tesouros
da inteligência e do tempo sobre a Terra."
=======================
Neio Lúcio
(“Alvorada Cristã”, psicografia Chico Xavier)
Em tempos recuados, existiu um rei poderoso e bom,
que se fizera notado pela sabedoria.
Convidado a verificar, solenemente, a invenção de um
súdito, cuja cabeça era um prodígio na matemática,
compareceu em trajes de honra à festa em que o novo
aparelho seria apresentado.
O calculista, orgulhoso, mostrou a obra que havia
criado pacientemente.
Tratava-se de largo tabuleiro forrado de veludo negro,
cercado de pequenas cavidades, sustentando regular
coleção de bolas de madeira colorida.
Acionadas por longos tacos de marfim, essas bolas
rolavam na direção das cavidades naturais, dando ensejo
a um jogo de grande interesse pela expectação que
provocava.
Revestiu-se a festa de brilho indisfarçável.
Contendores variados disputaram partidas de vulto.
Dia inteiro, grande massa popular rodeou o invento,
comendo e bebericando.
O próprio monarca seguiu a alegria geral, dando mostras
de evidente satisfação. Serviu-se, ao almoço, junto às
grandes bandejas de carne, pão e frutos, em companhia
dos amigos, e aplaudia, contente, quando esse ou aquele
participante do novo e inocente jogo conseguia posição
invejável perante os companheiros.
À tardinha, encerrada a curiosidade geral, o inventor
aguardou o parecer do soberano, com inexcedível orgulho.
Aglomerou-se o povo, igualmente, a fim de ouvi-lo.
Não se cansava o público de admirar o jogo efetuado,
através de cálculos divertidos.
Despedindo-se, o rei levantou-se, fêz-se visto de todos
e falou ao vassalo inteligente:
— Genial matemático: a autoridade de minha coroa
determina que sua obra de raciocínio seja premiada com
cem peças de ouro que os cofres reais levarão ao seu
crédito, ainda hoje, em homenagem à sua paciência e
habilidade. Essa remuneração, todavia, não lhe visa
sômente o valor pessoal, mas também certos benefícios
que a sua máquina vem trazer a muitos homens e mulheres
de meu reino, menos afeitos às virtudes construtivas que
todos devemos respeitar neste mundo. Enquanto jogarem
suas bolas de madeira, possivelmente muitos indivíduos,
cujos instintos criminosos ainda se acham adormecidos,
se desviarão do delito provável e muitos caçadores
ociosos deixarão em paz os animais amigos de nossas
florestas.
O monarca fêz comprida pausa e a multidão prorrompeu
em aplausos delirantes.
Via-se o inventor cercado de abraços, quando o soberano
recomeçou:
- Devo acrescentar, porém, que a sabedoria de meu cetro
ordena que o senhor seja punido com cinquenta dias de
prisão forçada, a fim de que aprenda a utilizar sua
capacidade intelectual em benefício de todos.
A inteligência humana é uma luz cuja claridade deve ser
consagrada à cooperação com o Supremo Senhor, na
Terra. Sua invenção não melhora o campo, nem
cria trabalho sério; não ajuda as sementes, nem ampara os
animais; não protege fontes, nem conserva estradas; não
colabora com a educação, nem serve aos ideais do bem.
Além disto, arrasta centenas de pessoas, qual se verificou
neste dia, conosco, a perderem valioso tempo na
expectativa inútil. Volte aos seus abençoados afazeres
mentais, mesmo no cárcere, e dedique sua inteligência
a criação de serviço e utilidades em proveito de todos,
porque, se o meu poder o recompensa, a minha
experiência o corrige.
Quando o rei concluiu e desceu da tribuna, o inventor se
fizera muito pálido, o povo não bateu palmas; entretanto,
toda gente aprendeu, na decisão sábia do grande
soberano, que ninguém deve menosprezar os tesouros
da inteligência e do tempo sobre a Terra."
=======================
Neio Lúcio
(“Alvorada Cristã”, psicografia Chico Xavier)
sexta-feira, 19 de outubro de 2018
A JUVENTUDE CRISTÃ
A JUVENTUDE CRISTÃ
Mocidade da Terra do Cruzeiro,
Conserva com Jesus o dom divino
Do amor que jorre farto e cristalino
Em vida nova para o mundo inteiro!
O homem elege torvo paladino
No ódio vil, belicoso e carniceiro,
Que o exaure em sinistro cativeiro
Da maldade e da guerra em desatino...
Juventude da Pátria verde e bela,
Semeia a paz distante da procela
No serviço do bem ditoso e puro.
Ama, segue e constrói! Trabalha e espera,
Acendendo clarões da Nova-Era,
Ao encontro sublime do futuro!...
===
Pedro D´Alcântara
("Através do tempo", psicografia Chico Xavier)
Mocidade da Terra do Cruzeiro,
Conserva com Jesus o dom divino
Do amor que jorre farto e cristalino
Em vida nova para o mundo inteiro!
O homem elege torvo paladino
No ódio vil, belicoso e carniceiro,
Que o exaure em sinistro cativeiro
Da maldade e da guerra em desatino...
Juventude da Pátria verde e bela,
Semeia a paz distante da procela
No serviço do bem ditoso e puro.
Ama, segue e constrói! Trabalha e espera,
Acendendo clarões da Nova-Era,
Ao encontro sublime do futuro!...
===
Pedro D´Alcântara
("Através do tempo", psicografia Chico Xavier)
sexta-feira, 12 de outubro de 2018
O FENÔMENO BOLSONARO
Posso citá-lo aqui nominalmente pois este texto não faz
sua apologia, muito menos pretende denegrí-lo
(tá lôco, meu, cobrir o homem de negro?).
Este não é um fenômeno apenas local e deste período,
não é o cidadão Bolsonaro o fulcro da coisa, ele é apenas
o catalisador de um processo, ou, em palavras mais
“ajustadas” ao caso, o gatilho.
Que magnetismo, que atração exercem sobre as pessoas,
as palavras deste homem?
Quando li a tradução do livro “Mein Kampf”, de autoria de
Hitler, procurava entrever a maravilha que ele pregava e
que induzia as pessoas a consideram-no uma boa opção.
Nada encontrei ali de positivo.
A explicação me surgiu agora, com a campanha eleitoral
de Bolsonaro:
Não é um orador eloquente, capaz de criar imagens
fabulosas, ou de um raciocínio límpido, que conduza os
ouvintes a visualizarem futuros melhores para todos.
Não convoca ao raciocínio.
Pelo contrário, terrivelmente emocional, incita à emoção.
É tergiversante: muda de assunto e distorce o sentido das
frases, irresponsável: tudo é a função de outrem.
Mas tem características admiradas por muitos,
principalmente brasileiros:
Fala agressivamente, com tom autoritário e decisivo,
como quem sabe tudo sobre o assunto que fala.
E isso é o estilo de liderança ensinado nas Forças Armadas
(pelo menos, no Exército):
Você está no comando, tem que inspirar confiança,
mesmo numa operação suicida!
Por isso passa a impressão de que é um homem de ação,
e que tudo decidido por ele é um empreendimento destinado
a dar certo.
Na situação atual do País, em que tudo desmorona (na
verdade, está sendo destruído), grande parte da população
o vê como alguém que vai consertar tudo.
Isso não o torna apenas um atrativo para bobos, violentos,
preguiçosos, gente estúpida e os que se recusa a pensar.
Gente que deseja mudança no panorama do país também
é atraída por esse tipo de personagem.
Perguntarão:
Mas, e os defeitos evidentes desse discurso?
Não são notados?
São notados sim, mas, como todos nós sabemos que
a perfeição não anda conosco na Terra, as falhas são
relegadas a segundo plano, como detalhes que não vão
interferir no resultado final. Todos fazemos isto.
Não existe programa político perfeito.
“Mas as falhas no programa de Bolsonaro são gritantes!”
Sim, são, principalmente para nós, que sofremos, no todo
ou em parte, aquela nojenta ditadura 1964-1985.
Porém, nem todos os pensantes imaginam que estarão
contribuindo para um retorno de tempos negros.
Imaginam um país de sonhos, como é incutido diariamente
pela mídia inconsequente!
É culpa deles?
Sim, claro, todos temos um cérebro para absorver os dados
e tirarmos deles as conclusões mais acertadas!
Devemos, porém, levarmos em consideração esses fatores
atenuantes, e não, simplesmente, eliminá-los (os eleitores
de Bolsonaro) de nosso convívio ou de nossas relações.
Existem exceções, certo.
Aqueles extremistas que encaram uma escolha política
apenas como um jogo de futebol, e sem nenhum “fair play”,
em que “o importante é vencer!”, importunam e nada
acrescentam a si ou ao nosso crescimento como seres
humanos.
Mas, afastá-los simplesmente por ser um opositor de ideias,
não é aconselhável, afinal “São os doentes que precisam
de médico”! Como esperar que se curem, se não lhes
ministrarem nenhum medicamento?
Abraço do tesco.
quinta-feira, 4 de outubro de 2018
A DOR
A DOR
Vi a Dor caminhando em negra estrada,
Qual megera da sombra, em noite escura,
E perguntei, ralado de amargura:
“-Por que nasceste, bruxa desvairada?”
“Por que ostentas a espada estranha e dura,
Sobre o seio da vida atormentada,
Reduzindo à miséria, cinza e nada
Todo sonho de paz e de ventura?”
Mas a Dor respondeu: -“Cala-te, amigo!
Na torturada senda em que prossigo,
O veneno do mal morre infecundo.
Sem meu gládio que salva, pouco a pouco,
O homem padeceria cego e louco
Em tenebrosos cárceres do mundo!...”
Antero de Quental
("Através do tempo", psicografia Chico Xavier)
Vi a Dor caminhando em negra estrada,
Qual megera da sombra, em noite escura,
E perguntei, ralado de amargura:
“-Por que nasceste, bruxa desvairada?”
“Por que ostentas a espada estranha e dura,
Sobre o seio da vida atormentada,
Reduzindo à miséria, cinza e nada
Todo sonho de paz e de ventura?”
Mas a Dor respondeu: -“Cala-te, amigo!
Na torturada senda em que prossigo,
O veneno do mal morre infecundo.
Sem meu gládio que salva, pouco a pouco,
O homem padeceria cego e louco
Em tenebrosos cárceres do mundo!...”
Antero de Quental
("Através do tempo", psicografia Chico Xavier)
segunda-feira, 10 de setembro de 2018
QUE PARECE, PARECE!
Estou lendo "A biologia da crença", de Bruce Lipton.
Quero ressaltar que Lipton não é um "adepto de teorias
de conspiração", nem um deslumbrado com "o início da
Era de Aquário", nem um astrólogo místico prevendo um
futuro de "poderes mentalistas".
Bruce Lipton é um renomado biólogo, ex-professor
de anatomia nas Universidades de Wisconsin e de
St. Georges e pesquisador em Stanford.
Pois bem, nesse livro, no capítulo 5 – Biolgia e crença,
sob o subtítulo “Placebos: o efeito da crença”,
pode ser lido este trecho:
"Para meu desgosto, descobri recentemente que
a indústria farmacêutica vem estudando os pacientes
que reagem ao tratamento com pílulas de açúcar com
o objetivo de eliminá-los das experiências médicas.
É desconcertante para essas empresas saber que na
maioria dos experimentos seus medicamentos "falsos"
têm o mesmo efeito que os grandes coquetéis químicos.
Embora essas empresas insistam em afirmar que não
estão tentando, com isso, fazer com que medicamentos
ineficazes sejam aprovados pelo governo, fica claro que
a eficácia das pílulas placebo são uma ameaça para elas.
A mensagem é muito clara para mim:
Já que não conseguimos competir com o placebo
de maneira honesta, vamos eliminar a competição!"
Isso é assustador, mostra que a indústria farmacêutica
não está preocupada com nossa saúde, mas, unicamente
com seus lucros.
Mas, o que me proponho a demonstrar com esse extrato
é a espantosa (espanto por que?) analogia
com a situação política vigente no Brasil:
O poder dominante não podendo competir com
o fenômeno LULA, simplesmente tenta suprimi-lo!
Há, porém, um empeço que este poder,
por mais que tente, não consegue afastar:
O fenômeno Lula é a consciência do povo!
Como erradicar do povo, em poucos meses,
sua própria consciência?
Como tornar ACÉFALOS , de uma só vez,
mais de 50 milhões de eleitores?
NÃO PERCAM O EPISÓDIO FINAL
NO PRÓXIMO DIA 07 DE OUTUBRO!
Abraço do tesco.
sábado, 8 de setembro de 2018
PELOS FRUTOS
Por seus frutos os conhecereis..
Jesus. (Mateus, 7:16)
Nem pelo tamanho.
Nem pela configuração.
Nem pelas ramagens.
Nem pela imponência da copa.
Nem pelos rebentos verdes.
Nem pelas pontas ressequidas.
Nem pelo aspecto brilhante.
Nem pela apresentação desagradável.
Nem pela antiguidade do tronco.
Nem pela fragilidade das folhas.
Nem pela casca rústica ou delicada.
Nem pelas flores perfumadas ou inodoras.
Nem pelo aroma atraente.
Nem pelas emanações repulsivas.
Árvore alguma será conhecida
ou amada pelas aparências
exteriores, mas sim pelos frutos,
pela utilidade,
pela produção.
Assim também nosso espírito em plena jornada...
Ninguém que se consagre realmente à verdade
dará testemunho de nós pelo que parecemos,
pela superficialidade de nossa vida,
pela epiderme de nossas atitudes
ou expressões individuais percebidas
ou apreciadas de passagem,
mas sim pela substância de nossa
colaboração no progresso comum,
pela importância
de nosso concurso no bem geral.
- "Pelos frutos os conhecereis" - disse o Mestre.
- "Pelas nossas ações seremos conhecidos"
- repetiremos nós.
=======
Emmanuel
("Fonte viva", psicografia Chico Xavier)
sábado, 1 de setembro de 2018
NÓS, O PISTOLEIRO, NÃO DEVEMOS TER PIEDADE
Nós somos um terrível pistoleiro.
Estamos num bar de uma pequena cidade do Texas.
O ano é 1880.
Tomamos uísque a pequenos goles.
Nós temos um olhar soturno.
Em nosso passado há muitas mortes.
Temos remorsos.
Por isto bebemos.
A porta se abre. Entra um mexicano chamado Alonso.
Dirige-se a nós com despeito.
Chama-nos de gringo, ri alto, faz tilintar a espora.
Nós fingimos ignorá-lo.
Continuamos bebendo nosso uísque a pequenos goles.
O mexicano aproxima-se de nós.
Insulta-nos.
Esbofeteia-nos.
Nosso coração se confrange.
Não queríamos matar mais ninguém.
Mas teremos de abrir uma exceção para Alonso,
cão mexicano.
Combinamos o duelo para o dia seguinte, ao nascer do sol.
Alonso dá-nos mais uma pequena bofetada e vai-se.
Ficamos pensativo, bebendo o uísque a pequenos goles.
Finalmente atiramos uma moeda de ouro sobre o balcão
e saímos.
Caminhamos lentamente em direção ao nosso hotel.
A população nos olha.
Sabe que somos um terrível pistoleiro.
Pobre mexicano, pobre Alonso.
Entramos no hotel, subimos ao quarto,
deitamo-nos vestido, de botas.
Ficamos olhando o teto, fumando.
Suspiramos.
Temos remorsos.
Já é manhã.
Levantamo-nos.
Colocamos o cinturão.
Fazemos a inspeção de rotina em nossos revólveres.
Descemos.
A rua está deserta, mas por trás das cortinas corridas
adivinhamos os olhos da população fitos em nós.
O vento sopra,
levantando pequenos redemoinhos de poeira.
Ah, este vento!
Este vento!
Quantas vezes nos viu caminhar lentamente,
de costas para o sol nascente?
No fim da rua, Alonso nos espera.
Quer mesmo morrer, este mexicano.
Colocamo-nos frente a ele.
Vê um pistoleiro de olhar soturno, o mexicano.
Seu riso se apaga.
Vê muitas mortes em nossos olhos.
É o que ele vê.
Nós vemos um mexicano.
Pobre diabo.
Comia o pão de milho, já não comerá.
A viúva e os cinco filhos o enterrarão ao pé da colina.
Fecharão a palhoça e seguirão para Vera Cruz.
A filha mais velha se tornará prostituta.
O filho menor ladrão.
Temos os olhos turvos.
Pobre Alonso.
Não se devia nos ter dado suas bofetadas.
Agora está aterrorizado.
Seus dentes estragados chocalharam.
Que coisa triste.
Uma lágrima cai sobre o chão poeirento.
É nossa.
Levamos a mão ao coldre.
Mas não sacamos.
É o mexicano que saca.
Vemos a arma na sua mão,
ouvimos o disparo,
a bala voa para o nosso peito,
aninha-se em nosso coração.
Sentimos muita dor e tombamos.
Morremos, diante do riso de Alonso, o mexicano.
Nós, o pistoleiro, não devíamos ter piedade.
=================
Moacyr Scliar
(“Contos fantásticos”, volume 2)
sexta-feira, 24 de agosto de 2018
A TORRE
“Pois qual de vós, querendo edificar uma torre,
não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos
para ver se tem com que a acabar?”
(Jesus, em Lucas, 14:28)
Constitui objeto de observação singular
as circunstâncias do Mestre se referir,
à essa altura dos ensinamentos evangélicos,
à uma torre, quando deseja simbolizar o esforço
de elevação espiritual por parte da criatura.
A torre e a casa são construções muito diversas entre si.
A primeira é fortaleza, a segunda é habitação.
A casa proporciona aconchego, a torre dilata a visão.
Um homem de bem, integrado no conhecimento espiritual
e praticando-lhe os princípios sagrados está em sua casa,
edificando a torre divina da iluminação, ao mesmo tempo.
Em regra vulgar, porém, o que se observa no mundo
é o número espontâneo de pessoas que
nem cuidaram ainda da construção da casa interior
e já falam calorosamente sobre a torre,
de que se acham tão distantes.
Não é fácil o serviço profundo da elevação espiritual,
nem é justo apenas pintar projetos
sem intenção séria de edificação própria.
É indispensável refletir nas contas,
nos dias ásperos de trabalho, de autodisciplina.
Para atingir o sublime desiderato,
o homem precisará gastar o patrimônio
das velhas arbitrariedades
e só realizará esses gastos
com um desprendimento sincero da vaidade humana
e com excelente disposição
para o trabalho da elevação de si mesmo,
a fim de chegar ao término, dignamente.
Queres construir uma torre de luz divina?
É justo. Mas não comeces o esforço,
antes de haver edificado a própria casa íntima.
Emmanuel
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(“Alma e Luz”, psicografia Chico Xavier)
sexta-feira, 17 de agosto de 2018
NA ARENA DA EVOLUÇÃO
Sob a infecção mental do pessimismo, afirma-te,
por vezes, irremediavelmente cansado à frente da luta
e proclamas, tanta vez, em desânimo e desespero,
que a Terra se converteu em charco de podridão;
que a sociedade é um jogo de máscaras;
que a honestidade foi banida do mundo;
que os maus tripudiam, impunes, sobre o amor dos bons;
que a crueldade é a norma da vida;
que cataclismos diversos tombarão no horizonte,
incendiando a atmosfera de que os homens se nutrem
e dizes desalentado que te apartaste da confiança,
que perdeste a fé;
que não tornarás ao prazer de servir;
que não te estenderás o coração ao culto do amor e
que te retirarás da arena qual soldado rebelde,
fugindo à própria luta.
Entretanto, ao contrário de tua assertiva,
a Eterna providência não descrê de nossa alma e
renova-nos, cada dia, a oportunidade de crescimento
e sublimação.
Cada manhã volves ao corpo
que te suporta a intemperança
e recebes:
A bênção do sol que te convida ao trabalho,
a palavra do amigo que te induz à esperança,
o apoio da Natureza,
o reencontro com os desafetos para que aprendas
a convertê-los em laços de beleza e harmonia,
e, sobretudo, a graça de lutar,
por teu próprio aprimoramento,
a fim de que o tempo te erga à vitória do Bem.
Não te rendas, portanto, ao derrotismo
e à dúvida que te lançam na sombra,
porque,
além do tormento a que o homem se atira,
teimoso e imprevidente,
Deus permanece em paz, acendendo as estrelas
e unindo as gotas d’água para que
todos nós possamos elevar-nos
dos abismos da treva para os Cimos da Luz.
Emmanuel
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(“Alma e Luz”, psicografia Chico Xavier)
sexta-feira, 10 de agosto de 2018
COMO LÊS?
“E Ele lhe disse :- Que está escrito na lei? Como lês?”
(Lucas, 10:26)
A interrogação do Mestre ao doutor de Jerusalém
dá idéia do interesse de Jesus
pela nossa maneira de penetração da leitura.
Sem nos referirmos ao círculo vasto de pessoas
ainda indiferentes às lições do Evangelho,
podemos reconhecer, mesmo entre os aprendizes,
as mais diversas tendências no que se refere
ao problema dos livros.
Os leitores distanciam-se uns dos outros
pelas expressões mais heterogêneas.
Uns pedem consolação, outros procuram recreio.
Há os que buscam motivos tristes por cultivar a dor,
tanto quanto os que se arvoram
em caçadores de gargalhadas.
Surgem os que reclamam tóxicos intelectuais,
os que andam em busca de fantasias, os que
insistem por incentivos à polêmica envenenada.
Raros leitores pedem iluminação.
Sem isto, entretanto, podem ler muito,
saturando o pensamento de teorias as mais estranhas.
Chega ao dia em que reconhecem a pouca
substancialidade de seus esforços, porque,
sem luz, o conforto pode induzir à preguiça,
ao entretenimento, à aventura menos digna,
à tristeza, ao isolamento, ao riso e ao deboche.
Com a iluminação espiritual, todavia,
cada cousa permanece em seu lugar,
orientada no sentido de utilidade justa.
Lembra que quando te aproximas de uma livro
estás sempre pedindo alguma cousa.
Repara, com atenção, o que fazes.
Que procuras? Emoções, consolo, entretenimento?
Não olvides que o Mestre pode também interrogar-te:
- “Como lês?”
Emmanuel
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(“Alma e Luz”, psicografia Chico Xavier)
quinta-feira, 2 de agosto de 2018
PILATOS
“Mas entregou Jesus à vontade deles.”
- Lucas, 23:25.
Pilatos hesitava.
Seu coração era um pêndulo entre duas forças poderosas...
De um lado, era a consciência transmitindo-lhe
a vontade superior dos Planos Divinos,
de outro, era a imposição da turba ameaçadora,
encaminhando-lhe a vontade inferior
das esferas baixas do mundo.
O infortúnio do juiz romano foi entregar o Senhor
aos desígnios da multidão mesquinha.
Na qualidade de homem, Pôncio Pilatos era portador
de defeitos naturais que nos caracterizam a quase todos
na experiência em que o nobre patrício se encontrava,
mas como juiz naquele instante,
seu imenso desejo era de acertar.
Queria ser justo e ser bom no processo
do Messias Nazareno, entretanto,
fraquejou pela vontade enfermiça,
cedendo à zona contrária ao bem.
Examinando o fenômeno, todavia,
não nos move outro desejo senão
de analisar nossa própria fragilidade.
Quantas vezes agimos até ontem,
ao modo de Pilatos, nas estradas da vida?
Imaginemos o tribunal de Jerusalém
transportado ao nosso foro íntimo.
Jesus não se punha contra o nosso exame,
mas, esperando pela nossa decisão,
aí permanece conosco a Sua idéia Divina e Salvadora.
Qual aconteceu ao juiz,
nosso coração transforma-se em pêndulo,
entre as exortações da consciência eterna
e as requisições dos desejos inferiores.
Quase que invariavelmente,
entregamos o pensamento de Jesus às zonas baixas,
onde sofre a mesma crucificação do Mestre.
Vemos assim que Pilatos converteu-se
em profundo símbolo para a caminhada humana.
Emmanuel
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(“Alma e Luz”, psicografia Chico Xavier)
- Lucas, 23:25.
Pilatos hesitava.
Seu coração era um pêndulo entre duas forças poderosas...
De um lado, era a consciência transmitindo-lhe
a vontade superior dos Planos Divinos,
de outro, era a imposição da turba ameaçadora,
encaminhando-lhe a vontade inferior
das esferas baixas do mundo.
O infortúnio do juiz romano foi entregar o Senhor
aos desígnios da multidão mesquinha.
Na qualidade de homem, Pôncio Pilatos era portador
de defeitos naturais que nos caracterizam a quase todos
na experiência em que o nobre patrício se encontrava,
mas como juiz naquele instante,
seu imenso desejo era de acertar.
Queria ser justo e ser bom no processo
do Messias Nazareno, entretanto,
fraquejou pela vontade enfermiça,
cedendo à zona contrária ao bem.
Examinando o fenômeno, todavia,
não nos move outro desejo senão
de analisar nossa própria fragilidade.
Quantas vezes agimos até ontem,
ao modo de Pilatos, nas estradas da vida?
Imaginemos o tribunal de Jerusalém
transportado ao nosso foro íntimo.
Jesus não se punha contra o nosso exame,
mas, esperando pela nossa decisão,
aí permanece conosco a Sua idéia Divina e Salvadora.
Qual aconteceu ao juiz,
nosso coração transforma-se em pêndulo,
entre as exortações da consciência eterna
e as requisições dos desejos inferiores.
Quase que invariavelmente,
entregamos o pensamento de Jesus às zonas baixas,
onde sofre a mesma crucificação do Mestre.
Vemos assim que Pilatos converteu-se
em profundo símbolo para a caminhada humana.
Emmanuel
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(“Alma e Luz”, psicografia Chico Xavier)
quarta-feira, 25 de julho de 2018
SUSTENTEMOS O BEM
Não lances o fel da censura na taça do companheiro que,
pouco a pouco, desperta na caridade sublime.
Recorda que o próprio dia não acorda de vez.
Primeiro, tons rubros no céu anunciam
as promessas da aurora.
Em seguida, tênues riscos de claridade aparecem
no campo do firmamento e, apenas muito depois,
surge o carro solar na glória do alvorecer.
Desencorajar leve impulso do bem
é o mesmo que sufocar a semente que,
divina e multiplicada, será,
no caminho, a base de nosso pão.
Se descobres vaidade na barulhenta
virtude dos semelhantes,
ensina-lhes com o próprio exemplo
de tolerância e serenidade que
o socorro fraterno pede silêncio da discrição.
Se alguém dá pouco, aos teus olhos,
do muito que te parece reter,
nas possibilidades do mundo,
auxilia-o com a força da tua simpatia e de tua prece,
para que se afeiçoe à mais ampla larguezado coração.
Lembra-te de que a exibição inconveniente de hoje
poderá transformar-se, mais tarde,
em trabalho seguro do bem,
se souberes amparar as vítimas da propaganda,
ruidosa e desnecessária.
E não te esqueças que a migalha de agora
poderá ressurgir, depois,
na forma de um tesouro de bênçãos
se lhe apoiares o movimento
nos alicerces da própria compreensão.
Ante o bem que se faça, faze o bem quanto possas,
para que o bem pequeno se faça,
junto detodos, o bem maior.
Não admitas caridade no ato de reprovar a caridade
que alguém se decida a fazer,
porque, à frente do Cristo,
somos todos depositários das riquezas da Vida Eterna
e só pelo entendimento do amor,
com o trabalho do amor,
funcionando no auxílio a ricos e pobres,
cultos e ignorantes,
justos e injustos,
é que chegaremos a acender a luz da mente purificada
para o exaltação da Terra Melhor.
Emmanuel
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(“Alma e Luz”, psicografia Chico Xavier)
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