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sexta-feira, 8 de setembro de 2017

UMA CONSPIRAÇÃO!

No livro "Historia do Brasil para quem tem pressa", do 
professor e Historiador Marco Costa, encontramos uma 
análise sucinta, porém bem interessante, do tempestuoso 
período da História do Brasil que precede o golpe militar 
de 1964. 

UMA CONSPIRAÇÃO 
"João Goulart estava atravessado na garganta da elite 
brasileira como uma espinha." 

"Visto agora, passados 60 anos, é possível inferir que, da 
forma que se deu, a renúncia de Jânio foi uma conspiração. 
A viagem de uma comitiva brasileira para países comunistas, 
como China e União Soviética, encabeçada por João Goulart, 
foi a gota-d’água para os opositores no Brasil.

Na natureza, nada acontece de acordo com a vontade dos 
homens. Já na história, tudo acontece pela vontade deles. 
Somos nós que fazemos a história. Desse modo, a renúncia 
de Jânio Quadros aconteceu não “enquanto” Jango estava em 
viagem aos países comunistas, mas “porque” Jango estava 
em viagem aos países comunistas. 

Ao mesmo tempo que a comitiva seguia seu périplo, no Brasil, 
Jânio Quadros era colocado contra a parede. Então, em 25 de 
agosto de 1961, Jânio renuncia.
O primeiro passo estava 
dado. 

Para os militares, era importante que a renúncia de Jânio 
ocorresse no período da viagem de João Goulart. Na ausência 
do vice-presidente, que constitucionalmente deveria assumir 
o posto, quem assumiu foi o presidente da Câmara dos 
Deputados, Ranieri Mazzilli.

O segundo passo também estava dado em direção ao golpe. 
Não tenha dúvidas, embora não haja documentos, de que tudo 
estava milimetricamente articulado. 

Os militares e as elites econômicas estavam esperando 
apenas a oportunidade, e ela surgiu no momento em que se 
começou a articular a viagem de João Goulart ao Leste 
Europeu e à China.

Assim que o vice-presidente colocou os pés fora do país, a 
conspiração deslanchou. Contudo, o golpe militar só não se 
consumou porque surgiu entre os militares uma dissidência. 

No Rio Grande do Sul, surge uma resistência civil e militar ao 
golpe — João Goulart era gaúcho —, a chamada Campanha 
da Legalidade, encabeçada pelo então governador Leonel 
Brizola. Diante do impasse, decidiu-se que João Goulart só 
poderia assumir o poder se o regime de governo fosse alterado 
de presidencialismo para parlamentarismo. Em 2 de setembro 
de 1961, foi implantado o regime parlamentarista no Brasil, 
tendo como presidente da República João Goulart e como 
primeiro-ministro Tancredo Neves. Só assim os militares 
consentiram o retorno de Jango. 

Em janeiro de 1963, no entanto, por meio de um plebiscito, 
João Goulart consegue fazer passar a volta do modelo 
presidencialista, sendo extinta, portanto, a figura do primeiro-
ministro. Com plenos poderes, João Goulart parte para o 
ataque. Do outro lado, os militares, derrotados, conspiravam." 

   *   *   *   
Infelizmente, nosso atual presidente golpista (e "ex vice-
presidente") esteve na China recentemente, e não aconteceu
nada! Ele está do "lado certo". 


Esse "rapaz" continua atravessado na garganta do povo
brasileiro, mas não da "elite". 


Abraço do tesco. 

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