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Infelizmente é isso!
O que podemos esperar de um governo golpista e genocida
como a quadrilha que se abancou no poder?
"Massacres, sofrimentos e assassinatos, levam os indígenas
Guarani Kaiowá do Mato Grosso do Sul a tomarem a última
decisão drástica:
Após sofrerem duras ataques, indígenas guaranis kaiowá
se preparam espiritualmente para resistir em permanecer
seus TEKOHÁ até a morte.
A decisão foi tomada em coletivo na terra Indígena
Ñhanderú Marangatu, diante ao túmulo do indígena guarani
kaiowá Semião Vilhalva, assassinado pelos produtores rurais
no último dia 26/08 no município de Antônio João / MS."
*** *** ***
Abraço plangente do tesco.
No livro "Mayombe", do escritor angolano Pepetela,
encontramos, no capítulo 2, "A base", esta prédica do
personagem Comandante Sem Medo ao seu subordinado,
guerrilheiro "Lutamos":
"Lutamos pensou que encontrava apoio no Comandante.
Sentiu coragem para proferir:
— É por isso que não estou de acordo com o Comissário,
que nos obriga a ir à escola.
— Tu, Lutamos, és um burro! – disse Sem Medo. – Quem
não quer estudar é um burro e, por isso, o Comissário tem
razão.
Queres continuar a ser um tapado, enganado por todos...
As pessoas devem estudar, pois é a única maneira de
poderem pensar sobre tudo com a sua cabeça e não com
a cabeça dos outros. O homem tem de saber muito, sempre
mais e mais, para poder conquistar a sua liberdade, para
saber julgar. Se não percebes as palavras que eu
pronuncio, como podes saber se estou a falar bem ou não?
Terás de perguntar a outro.
Dependes sempre de outro, não és livre. Por isso toda a
gente deve estudar, o objetivo principal duma verdadeira
Revolução é fazer toda a gente estudar."
*** *** ***
Estudemos, pois!
Nunca desperdicemos uma oportunidade de aprender!
Abraço do tesco.
"Em um momento em que a maldade
se exerce impunemente,
ser apenas inútil merece louvores."
MONTAIGNE
["Os Ensaios", livro 3, capítulo 9: Da vaidade]
"A obstinação e a convicção exagerada
são a prova mais evidente da estupidez.
Haverá algo mais afirmativo, resoluto,
desdenhoso, contemplativo, grave
e sério do que um burro?"
(Montaigne, in "Os Ensaios", livro 3,
capitulo 8: Da arte de conversar)
No livro "Historia do Brasil para quem tem pressa", do
professor e Historiador Marco Costa, encontramos uma
análise sucinta, porém bem interessante, do tempestuoso
período da História do Brasil que precede o golpe militar
de 1964.
UMA CONSPIRAÇÃO
"João Goulart estava atravessado na garganta da elite
brasileira como uma espinha."
"Visto agora, passados 60 anos, é possível inferir que, da
forma que se deu, a renúncia de Jânio foi uma conspiração.
A viagem de uma comitiva brasileira para países comunistas,
como China e União Soviética, encabeçada por João Goulart,
foi a gota-d’água para os opositores no Brasil.
Na natureza, nada acontece de acordo com a vontade dos
homens. Já na história, tudo acontece pela vontade deles.
Somos nós que fazemos a história. Desse modo, a renúncia
de Jânio Quadros aconteceu não “enquanto” Jango estava em
viagem aos países comunistas, mas “porque” Jango estava
em viagem aos países comunistas.
Ao mesmo tempo que a comitiva seguia seu périplo, no Brasil,
Jânio Quadros era colocado contra a parede. Então, em 25 de
agosto de 1961, Jânio renuncia.
O primeiro passo estava dado.
Para os militares, era importante que a renúncia de Jânio
ocorresse no período da viagem de João Goulart. Na ausência
do vice-presidente, que constitucionalmente deveria assumir
o posto, quem assumiu foi o presidente da Câmara dos
Deputados, Ranieri Mazzilli.
O segundo passo também estava dado em direção ao golpe.
Não tenha dúvidas, embora não haja documentos, de que tudo
estava milimetricamente articulado.
Os militares e as elites econômicas estavam esperando
apenas a oportunidade, e ela surgiu no momento em que se
começou a articular a viagem de João Goulart ao Leste
Europeu e à China.
Assim que o vice-presidente colocou os pés fora do país, a
conspiração deslanchou. Contudo, o golpe militar só não se
consumou porque surgiu entre os militares uma dissidência.
No Rio Grande do Sul, surge uma resistência civil e militar ao
golpe — João Goulart era gaúcho —, a chamada Campanha
da Legalidade, encabeçada pelo então governador Leonel
Brizola. Diante do impasse, decidiu-se que João Goulart só
poderia assumir o poder se o regime de governo fosse alterado
de presidencialismo para parlamentarismo. Em 2 de setembro
de 1961, foi implantado o regime parlamentarista no Brasil,
tendo como presidente da República João Goulart e como
primeiro-ministro Tancredo Neves. Só assim os militares
consentiram o retorno de Jango.
Em janeiro de 1963, no entanto, por meio de um plebiscito,
João Goulart consegue fazer passar a volta do modelo
presidencialista, sendo extinta, portanto, a figura do primeiro-
ministro. Com plenos poderes, João Goulart parte para o
ataque. Do outro lado, os militares, derrotados, conspiravam."
* * *
Infelizmente, nosso atual presidente golpista (e "ex vice-
presidente") esteve na China recentemente, e não aconteceu
nada! Ele está do "lado certo".
Esse "rapaz" continua atravessado na garganta do povo
brasileiro, mas não da "elite".
Abraço do tesco.