TRADUTOR

English French German Spain Italian Dutch Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified

quinta-feira, 25 de junho de 2015

CONTRACANTO: COLORIR A VIDA

Em junho do ano passado, Shirley escreveu um poema muito 
lúcido em seu conteúdo social, falando sobre a incipiência 
do homem em dirigir o próprio destino. 

Ele desconhece a sua verdadeira essência e toma decisões 
infantis, baseadas unicamente em sua visão materialista do 
mundo, que acabam por prejudicá-lo, tanto em sua vida 
material na Terra, quanto em seu desenvolvimento espiritual. 

Shirley recomenda então colocar um combustível psicodélico 
no motor, digo, incrementar a arte na vida, recheando-a de 
cores e melodias, isto vai extasiar a alma, decerto elevando-a 
a mais sublimados níveis. 
Veja como foi: 

VIDA COLORIDA
Shirley 
(2014.06.28)

"O homem é incipiente 
não sabe deliberar suas próprias decisões 
ignora seus poderes latentes criativos 
desconhece a si mesmo... 
O ser humano precisa aprender 
a pintar a alma de vivas cores 
extasiá-la com inspiradoras melodias 
porque a vida é loucura 
e não tem cura sem amor." 

   *   *   *   

Não aventurei  nenhuma consideração antropológica, nem 
sociológica, nem espiritualista, apenas me ancorei nessa 
última consideração, de que "vida... não tem cura sem amor"
e tentei fazer algo que nunca tinha feito antes: Um acróstico! 

Acróstico é o poema em que as letras iniciais de cada estrofe 
formam uma palavra. E, nessa primeira tentativa, resolvi fazer 
uma homenagem à nossa poeta. Não saiu um frankenstein, 
tem até certa consistência, somente ocorreu um porém. 
Veja o 'bebê': 

CURANDO A VIDA
tesco
(2014.07.02)

Sem amor não tenho cura 
Há que procurar o Amor 
Inspira-me o seu fervor 
Reluz sua claridade 
Leva fora a ansiedade 
E refaz a mente pura 
Y hay que tenerse ventura 

   *   *   *   

O porém é que descobri que já não existe verso em português 
iniciando com a letra y. Foi readmitida no alfabeto há pouco, 
e ainda não se formaram palavras com y inicial. Como tinha 
sido demitida faz um montão de anos, a 'yayá' e o 'yoyô' já 
trocaram de roupa e iaiá e ioiô são os trajes vigentes. 

Assim, tive de tomar um empréstimo de nosso 'hermano', que 
nunca largou o pobre do y abandonado na rua da amargura. 
Así camiña la humanidad!  

Abraço do tesco. 

2 comentários:

CÉU disse...

Olá, tesco!

Tudo bem com você? Por aqui, tudo na média.
Ambos os poemas estão muito bem equacionados, pke a vida sem amor não tem qualquer cor, de facto.
Amei sua versão e com lo idioma de nuestros hermanos, ela ficou bem guapa e divertida.
É. A Língua sofre, aliás, tem de sofrer alterações, mutações, intercâmbio, caso não, vira "entidade" morta.

Te desejo uma ótima sexta-feira e um excelente fim de semana.

Beijos.

PS: espero postar este fim de semana, mas ainda nem pensei o quê.

Shirley Brunelli disse...

Você é muito esperto, tesco, sabe ver através dos véus.
Grande abraço!!!