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domingo, 30 de novembro de 2014

SORTESCO 327



JOSÉ-FAZENDEIRO DO AR-NOVOS POEMAS
de CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

Junção de três obras, publicadas em 1942,
1954 e 1948, respectivamente, apresenta 

a poesia de Drummond ainda na primeira
metade de sua vida literária: O primeiro 

livro foi publicado em 1930. Mas isso não 
significa um poeta incipiente, 'José' é um 
de seus poemas mais conhecidos, e 'No 
meio do caminho' é de 1928. A poesia de 
Drummond já nasceu madura. E é perene.
São 110 páginas.

INSCREVA-SE ASSIM:
Escolha apenas UM grupo, de 1 a 20,
com 5 dezenas já determinadas.
Exemplos: Grupo 1 = dezenas 01, 02, 03, 04 e 05.
Grupo 20 = dezenas 96, 97, 98, 99 e 00.
Basta indicar esta sua escolha nos comentários.
O vencedor será indicado pelo sorteio da Loteria Federal
(link no item 2 do Regulamento), em 06/12/2014.
Escolha um grupo AINDA DISPONÍVEL,
ATÉ аs 17 horas do dia do sorteio.

sábado, 29 de novembro de 2014

SORTESCO 326 - RESULTADO

A dezena sorteada hoje foi 40,
(item 2 do Regulamento),
e a opção vencedora é de:
CHICO!
Parabéns!

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

CONTRACANTO: RECONCILIAÇÃO


Magoarmos os entes queridos, uma vez ou outra, é inevitável.
Não é desejável, claro, mas a nossa inferioridade evolutiva
nos leva a isso. E, muitas vezes, nem notamos a indelicadeza,
a grosseria, a estupidez de nossas infrações.

Na vida familiar, e principalmente, na vida a dois, tal fato rói,
corrói e destrói as relações. E a mulher, que normalmente tem
mais aguçada a sensibilidade em sentimentos, é mormente a
vítima dessas situações.

É o caso do poema postado pela Shirley em 20 de setembro
passado. A persona, encarnada por ela, se lamenta de uma
decepção sofrida a partir de um ato do amado. Sabe-se lá
o que foi: Um comentário tolo, uma reclamação, talvez
indevida, uma indireta, uma observação trivial, o que for.

O fato é que acarretou uma mágoa, um desgosto que mina
todo o entusiamo que estiver espalhado na pessoa, podendo
se acumular, se o ato causador tornar a acontecer. E tais
sequências têm resultados imprevisíveis.

O 'drama' é narrado com as elegantes e sugestivas metáforas
da Shirley, transportando o leitor para o fulcro mesmo da
questão, fazendo-o sentir o impacto do problema. Atente:


DECEPÇÃO

Shirley
(2014.09.20)


“O som de tua maldade
varou-me a carne aflita
e um mar revolto
penetrou o meu medo.
A tarde que era linda
- havia sol -
murchou no meu plexo solar
que espetado
na ponta de tua intenção
incensou os venenos
 até o anoitecer...”

   * * *

O aborrecimento perdurou a tarde toda, como se vê. Uma
visão de um leitor em particular – eu – o amado notou a
consequência, talvez não tenha notado ter sido ele mesmo
a origem do ressentimento, e insiste em que sua amada se
retire daquele estado abúlico, de apatia, de introspecção.

As ideias que emite são boas e coerentes, o porém é que ele
não vê (ou faz que não vê) que foi o causador de tudo, o que
torna o seu discurso meio sem sentido. Veja o que diz:


LEMBRETE
tesco
(2014.09.22)



“Não quero ver-te assim entorpecida
A todo movimento indiferente
Mas não envolvimento é prudente
Enquanto não se quer a dor mexida.


Veremos tão somente a dor tecida
Iremos padecer inutilmente
Se neste intermezzo inconsequente
Nós retirarmos casca de ferida.


Num universo pleno de amor
Só tu prossegues destilando dor
E entretanto, movimento é vida


Estagnarmos é contraproducente
Se nós pararmos vendo a dor crescente
Alguma coisa restará perdida.”

   * * *

“Tá tudo muito bom, tá tudo muito bem”, mas... Sei não,
Shirley, esse cara é meio bronco, é melhor pensar em cortar
o mal pela raiz. Já pensou seriamente em largá-lo?
Faça um 'update', pegue algo melhor. Eu, por exemplo.

Abraço do tesco.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

SORTESFCO 44


MISSÃO NAS ESTRELAS
de A. E. VAN VOG


“As colônias dos Cinquenta Sóis, ocultas
no meio de um mar de estrelas, são
finalmente localizadas pela nave de
combate Star Cluster, da Terra Imperial.
Dilacerados por uma revolta, os Cinquenta
Sóis veem-se constrangidos a optar entre
esmagar as titânicas forças as Terra e
submeter-se ao domínio da Grande União
Galáctica. A tarefa de unir as facções
antagonistas de sua galáxia e de conduzi-
las à vitória recai sobre um único homem,
Peter Maltby. Antes, porém, este é obrigado a decidir à qual das
duas causas deverá manter-se leal. De facto, o comandante
Peter Maltby, dos Cinquenta Sóis, é simultaneamente o
amante apaixonado de Lady Laurr, grã-comandante da Star
Cluster, nave de combate da Terra Imperial.”
Uma 'space opera' típica, onde se vai de ma estrela à outra
como quem vai até a esquina. Sso em apenas 144 páginas.


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quarta-feira, 26 de novembro de 2014

SORTESFCO 43

A dezena sorteada hoje foi 97,
(item 2 do Regulamento),
e a opção vencedora é de:
CYNTHIA!
Parabéns!

domingo, 23 de novembro de 2014

SABEDORIA DE FEITICEIRO

Leio “O feiticeiro e a sombra”, de Ursula K. Le Guin,
afamada escritora de ficção científica. A ficção aqui não é 
científica, evidentemente, ela escreve também na área da 
fantasia.

Não é gênero de que eu seja adepto, longe de mim Harry
Potters, Nárnias e Senhores do Anel, mas sempre agradável
é uma prosa bem contada. Por isso encaro o ciclo “Terramar” 
da Ursula, ela escreve bem e os livros não são longos.

Selecionei do capítulo 2, “Sombra”, um trecho que achei
interessante, pois nos traz bons ensinamentos, desde que
se olhe convenientemente. Convém ressaltar que o
feiticeiro do título não é Óguion, como pode parecer à
primeira vista, mas Gued, conhecido como Gavião, ainda
em fase de aprendizado.

Óguion, o mestre, e Gued, o discípulo, caminham para a
residência daquele, onde Gued será aprendiz por algum
tempo. O mestre, que é de pouco falar, dá alguma instrução
preliminar:

“— Tu queres lançar feitiços — prosseguiu finalmente Óguion, 
sempre caminhando. — Já tiraste demasiada água desse poço. 
Espera. Chegar a homem adulto requer paciência. Chegar a 
mestre requer nove vezes mais paciência. Que erva é aquela, 
à beira do caminho?
— Centáurea-azul.
— E aquela?
— Não sei.
— Quadrifólio é o nome que lhe dão.
Óguion estacara, com a ponteira de cobre do seu bastão
junto à pequena erva, de modo que Gued olhou a planta de
perto, arrancou-lhe uma vagem seca e, por fim, já que
Óguion se remetera ao silêncio, perguntou:
— E que utilidade tem, Mestre?
— Que eu saiba, nenhuma.”

Isso até parece gozação, mas, algumas centenas de metros
adiante, o mestre esclarece:

“— Quando conheceres o quadrifólio em todas as suas 
estações, a sua raiz, folha e flores, pela vista, pelo aroma 
e pela semente, então poderás aprender o seu nome
-verdadeiro, conhecendo o seu ser. E esse é bem mais que
a sua utilidade. Ao fim e ao cabo, que utilidade tens tu?
Ou eu? A Montanha de Gont é útil, ou o Alto-Mar?
Óguion continuou a caminhar durante cerca de um
 quilômetro e lá acabou por voltar a falar.
— Para ouvir, temos de estar em silêncio.”

Aí está bem exposta a questão da utilidade das coisas, o
que não está bem explícito é a resposta a essa questão.
Sim, tem explicação sim. Ser pragmático, levar em conta
a finalidade de cada coisa, é bom, há porém a questão da
limitação do conhecimento humano. O homem não sabe
a finalidade de todas as coisas, principalmente, quando
não toma em consideração o lado espiritual.

Cada coisa que existe tem sua finalidade, o acaso não
regula nada. O que não quer dizer que, já que há uma razão, 
forçosamente a conheçamos. Muito longe estamos de tal
situação, mas para isso temos o raciocínio e temos a 
ciência, quer dizer, a vontade de conhecer as causas.

Mais adiante, na mesma caminhada, o mestre discorre 
sobre a responsabilidade na “Arte do Feiticeiro” (Magia?).
Ele ressalta que tudo que se diz ou que se faz, traz consigo
uma carga de consequências. Observem o que ele diz:

“Nunca pensaste que o perigo rodeia forçosamente o poder, 
tal como a sombra rodeia a luz?
A feitiçaria não é um jogo a que nos entreguemos pelo
prazer ou pelos louvores. Cada palavra e cada ato da nossa
Arte é dita e é feito ou para o bem ou para o mal.
Antes de falares ou agires, tens de saber qual o preço a
pagar!”

Aqui fica claro que nada é realizado gratuitamente, as
consequências advindas a partir de determinado ato, serão
seu pagamento ou, em muitos casos, a falta do pagamento.
Como se dizia antigamente “O universo abomina o vácuo”,
ou seja, a retirada de uma peça do seu lugar acarreta uma
imediata reposição por outras peças. E vice-versa, inserção
de alguma coisa em um lugar leva ao deslocamento de
outras.

- Mas eu não sou feiticeiro nem aprendiz, o que é que eu
tenho a ver com esse “regulamento”?

Ele fala de feitiçaria, mas isso tudo pode ser estendido para
a vida em geral, As mesmas regras se aplicam à vida e não
há como escapar disto, estamos imersos nela e, afinal, a
vida é a maior magia que se pode conhecer.

Abraço do tesco.

SORTESCO 326

THIEN A SABEDORIA DO VIETNÃ
de ANTONIO CARLOS ROCHA
Situado entre a Índia e a China, o Vietnã
recebeu influências culturais de ambas as
nações. Também é o caso do Budismo, que
sob diversas escolas se difundiu no país.
As duas grandes ramificações do Budismo,
Escolas Mahayana e Tibetana, sofreram no
Vietnã, uma fusão, Thien é a síntese disso.
Esta sabedoria é o tema deste livrinho.
Em 106 páginas.


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O vencedor será indicado pelo sorteio da Loteria Federal
(link no item 2 do Regulamento), em 29/11/2014.
Escolha um grupo AINDA DISPONÍVEL,
ATÉ аs 17 horas do dia do sorteio.

sábado, 22 de novembro de 2014

SORTESCO 325 - RESULTADO

A dezena sorteada hoje foi 62,
(item 2 do Regulamento),
e a opção vencedora é de:
ERIKA!
Parabéns!

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

CONTRACANTO: METAMORFOSE DE FLOR

Este soneto tem uma história. Boba, mas tem.
Na época em que foi composto, eu frequentava as salas de

chat, entre elas, a do UOL e, principalmente, a do Terra.


No Terra, frequentava as salas de Religião que, inicialmente,
eram salas únicas para todas as correntes de pensamento.
Havia grande confraternização entre todos os usuários mas,
como é costumeiro quando se reúnem pessoas com crenças
diversas, grandes “barracos” se formavam às vezes.



Isso era aproveitado, por pessoas inconsequentes, como
divertimento, e passou a ser por elas iniciado. O “às vezes” 
foi se amiudando, de modo que,
não somente todo dia, mas
a todo momento, iniciava
m-se grandes contendas inúteis e

perniciosas.


O fato é que o Terra, pelo grande incremento no número de
frequentadores, acredito, diversificou as salas com diversas
segmentações.Isto não sossegou os baderneiros, apenas
aumentou-lhes a mão-de-obra necessária para mais uma
sessão de espetáculo.  Teoricamente, porém, facilitava para
congregar quem tinha mais afinidades entre si.  



Neste período, 1999-2003, construí numerosas amizades
virtuais, todas se desvaneceram, com exceção da hiscla, que
conheci em 2002, que ainda hoje frequenta este blog, além
de manter correspondência pessoal. 


Entre os habituais frequentadores, participava uma moça
com o nick de “Fiorella”, não era um de meus bate-papos
rotineiros, mas, ocasionalmente, conversávamos. 


Tempos depois a Fiorella trocou de nick – vim a saber depois
que foi motivado pelo rompimento do namoro com outro
usuário,que também trocou de nick – e adotou o novo nick
de BORBOLETA, assim mesmo, em maiúsculas. 

Baseado apenas na troca de nicks, não envolvendo o caso
sócio-afetivo, construí um soneto comentando esse fato.
Nunca consegui mostrar o soneto à ex-Fiorella, pois houve
desencontros, e algum tempo depois, não a encontrei mais
nas salas.


Restou, além da lembrança, o soneto, que agora mostro
a vocês após 13 anos de gaveta.


EX FLOR
tesco

(2001.04.26)

Cansei de ser flor - cansei!
Ceder pólen às abelhas,
enfeitar jovens e velhas,
e ornar mesa de rei!

Ser bela e boa – cansei:
de nascer por entre telhas,
afagar tenras ovelhas,
de sempre seguir a lei!

No jardim da mãe Natura,
espalhando belas cores,
vou agindo qual paleta.

Eu ainda sou ternura,
mas voando entre as flores
agora sou BORBOLETA!”

* * *

Simples, como todo poema naturista deve ser, mas evocando
um fato não-natural: Flor não se transforma em borboleta,
coisa fácil de se ver somente no reino dos nicks. Este sim,
oferece transformações instantâneas de um Hitler em Anjo.

Abraço do tesco.

SORTESFCO 43


O SENHOR DA LUZ
de ROGER ZELAZNY
Os seus seguidores chamavam-lhe 
Mahasamatman, e diziam que era um deus. 
Ele, porém, preferia deixarde lado 'Maha' 
e 'atman' e intitulava-se Sam. Nunca 
pretendeu ser um deus, mas também 
nunca o negou... A açao decorre muito 
tempo depois da morte da Terra; um 
punhado de homens num planeta 
colonizado alcançou o domínio da 
tecnologia. Com ela, adquiriram a 
imortalidade e poderes divinos, e 
governam o seu mundo como os deuses do panteão hindu. 
Kali, deusa da Destruição; Yama, senhor daMorte; Krishna, 
deus da Luxúria. Aquele que foi Siddhartha é agora 
Mahasamatman, Senhor da Luz,Subjugador de Demônios, 
luta contra todos eles.” Em 194 páginas.

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Grupo 20 = dezenas 96, 97, 98, 99 e 00.
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O vencedor será indicado pelo sorteio da Loteria Federal
(link no item 2 do Regulamento), em 26/11/2014.
Escolha um grupo AINDA DISPONÍVEL,
ATÉ аs 17 horas do dia do sorteio.

SORTESFCO 42 - RESULTADO

A dezena sorteada ontem foi 40,
(item 2 do Regulamento),
e a opção vencedora é de:
HISCLA!
Parabéns!

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

O SENTIDO DA VIDA

É o título de uma crônica de Martha Medeiros. Não 
anotei em que livro foi publicada, nem em que data 
apareceu nos jornais, mas isso não importa para o 
que venho comentar. 

Já escrevi na sinopse de um livro da Martha, posto em 
sorteio, que ela não mostra um sentido profundo em
espiritualidade. Isso não é um demérito, é apenas 
uma faceta da pessoa, todos têm liberdade para se 
aprofundar no que mais lhe interessar. 

No caso da cronista, ela prefere abordar os aspectos 
polêmicos em relação à sociedade, e isto implica, 
obviamente, também em aspectos morais e éticos. 
Mas este ainda não é o assunto de que quero falar. 

O que me incomoda mesmo, é a abordagem de temas 
que poderiam levar a um maior aprofundamento, mas 
que apenas ficam numa visão superficial das coisas, sem 
nenhuma transcendentalidade.  Os fatos se restringem 
ao que a sociedade conceitua. 

Como exemplo, e é o que motivou este comentário, no 
parágrafo final da crônica citada, ela conclui: 
                                                                                               
“Todas as pessoas querem deixar alguns vestígios para a 
posteridade. Deixar alguma marca. É a velha história do 
livro, do filho e da árvore, o trio que supostamente nos 
imortaliza. Filhos somem no mundo, árvores são cortadas, 
livros mofam em sebos. A única coisa que nos imortaliza - 
mesmo - é a memória daqueles que nos amaram e foram 
fiéis.” 

Ou seja, a preocupação da humanidade seria perpetuar-se 
nos outros, superada a intenção de tentar deixar uma 
marca material. Não é vista a intenção de melhorar a 
humanidade melhorando-se a si mesmo e nem é aventada 
a possibilidade de já sermos imortais, independentemente 
do que venhamos a fazer. 

Sim, como somos parte de um grupo, ao nos melhorarmos 
estaremos melhorando o grupo. E, sendo nós já imortais, 
toda tentativa de nos imortalizarmos, além de esforço vão 
é improdutivo (neste sentido de se fazer notar e ser 
lembrado). 

Se nos esforçamos em fazer o bem ao próximo ou em 
beneficiar a humanidade, seremos lembrados quase 
sempre mas, se não o formos, nada se perde, pois a 
finalidade de se fazer o bem não é sermos lembrados, 
mas a de fazer o bem. 

Abraço do tesco. 

domingo, 16 de novembro de 2014

SORTESCO 325

COMO ESCREVER
COM FACILIDADE

de DONALD WEISS
Francamente, coloco este livro em sorteio
porém, 
 não vejo que utilidade possa ter
para os que, habitualmente, visitam 
este 
blog: Quase todos são "cobras criadas"
em 
matéria de escrever. O livro aborda
técnicas 
que podem auxiliar quem tem
dificuldade 
em se expressar por escrito
com coerência e 
lógica. Adquiri o livro em 1992, esperando que
trouxesse dicas para escrever ficção, 
mas ele trata de somente
de cartas, memorandos e 
relatórios. Disso não preciso.
Tem capa 
dura, mas somente 80 páginas. 

INSCREVA-SE ASSIM: 
Escolha apenas UM grupo, de 1 a 20, 
com 5 dezenas já determinadas.
Exemplos: Grupo 1 = dezenas 01, 02, 03, 04 e 05. 
Grupo 20 = dezenas 96, 97, 98, 99 e 00. 
Basta indicar esta sua escolha nos comentários. 
O vencedor será indicado pelo sorteio da Loteria Federal 
(link no ítem 2 do Regulamento), em 22/11/2014. 
Escolha um grupo AINDA DISPONÍVEL, 
ATÉ às 17 horas do dia do sorteio. 

SORTESCO 324 - RESULTADO

A dezena sorteada em 14/11 foi 19,
(item 2 do Regulamento),
e a opção vencedora é de:
CHICO!
Parabéns!

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

CONTRACANTO: BRINCADEIRA MUSICAL



Estereótipos de poetas são sempre enganadores.
Quem não conhece de perto os poetas consagrados, poderá
construir deles uma imagem que não corresponderá à
realidade.


Se se pensa numa pessoa melancólica, sonhadora, triste,
sisuda, circunspecta (Virge! Num tem coisa mais simples?),
a partir de seus poemas, pode-se entrar numa tremenda
arapuca.

Tome-se, por exemplo, Vinícius de Moraes, grande boêmio,
apreciador de uma mesa de bar e mulherengo. O grande
Mário Quintana nos brindou com numerosos exemplares
poéticos de bom-humor. Drummond não deixa de lado a
poesia em seus poemas eróticos. A tipificação dos poetas,
portanto, é multifacetada.

E o poeta não tem, necessariamente, que tomar como
padrão, o modo como todos, ao seu redor, observam
determinada matéria.

Fundado nisto, é que eu, em primeiro de setembro, observei
o poema que a Shirley havia postado em seu blog, dois dias
antes.

Ali ela fala de uma pessoa que está observando a paisagem
como um conjunto global, em que o vento, as nuvens, o céu,
a tarde, as pessoas, tudo participa do concerto da natureza.
Mesmo sem perceber os demais componentes, todos tocam
seus instrumentos na mesma orquestra.

Descreve uma paisagem encantadora, graciosa, talvez até
bucólica, mas os seres humanos, “cuidadosos quanto ao
que hão de comer, de beber, de vestir, não olharam as
aves do céu, nem os lírios do campo”.
 

Vejam o que nos transmite a graciosa poeta: 

PENSAMENTOS SEM RUMO
Shirley
(2014.08.30)

As nuvens chegaram
ensimesmadas
flutuando a esmo
no calor do dia azul.
Vieram em bandos
humildes e brancas
com o coração vazio.
As pessoas que passavam
não notaram
imersas que estavam
numa frequência vibratória instintiva
presas aos valores supérfluos da vida.
Bocejando
o vento dispersou as horas
e estando você tão distante
fiquei a dialogar comigo mesma
sentada nos degraus da tarde... 
* * *


Tudo calmo, tudo tranquilo, tudo simples, e conspirando
para se falar em saudade, em beleza, talvez até, se fazer
um estudo sociológico (tem gosto pra tudo!).
Mas não vi nada disso. Ou melhor, vi tudo isso, mas como
uma máquina fotográfica, que quando enfoca um assunto,
deixa os demais sem nitidez, enfoquei somente a moça
ensimesmada, dialogando consigo mesma, sentada num degrau.


- Pôxa, tesco, tanta coisa apresentada e você se fixa num
só detalhe?


Ossos do ofício, meu caro Wats, digo Álter.
Porém não me amarrei a um aspecto triste ou melancólico.

Resolvi, pelo contrário, fazer uma brincadeira, ancorado no
que me sugeriu a palavra 'ensimesmada'.


Elenquei notas musicais e termos de música, embora em
pequena dose, pois o poema teria que ser pequeno.
 

TARDE MUSICAL
tesco
(2014.09.01)

Entorpecida
Sentada nos degraus
Como sem vida
Perguntam-me sobre ela:
- Che cosa FA?
Respondo aborrecido:
- Está enSImesmada
pois as nuvens vêm de LÁ
encobrem o SOL
escurecem o dia sem DÓ
e a tornam RÉ
do crime de amar.
 
Uma brisa sopra-lhe no ouvido:
- Não é crime GRAVE
mantenha o TOM!
Mas ela entristecida

SOLFEJA a mesma ÁRIA:
- É tarde.... É tarde...
* * *
- Sei não. Vocè está brincando com os poemas dos outros.

E qual é o problema? Se os grandes brincam, porque um
pequenino como eu não pode brincar?
Além disso, Shirley não reclamou, quem é você que não
sabe o que diz? Ôpa, isso é de Noel! Quem é você pra me
recriminar?

Abraço do tesco.

SORTESFCO 42

O PROFANADOR
DE PHILIP K. DICK

"A guerra e a fome  tinham sido abolidas
através da Reclamação Moral, a paz e a
prosperidade eram a regra - de fato, eram
obrigatorias. Comissões de bairro, robôs
informadores e milícias de jovens esbirros
garantiam que toda a gente "gostasse" da 
Reclamação Moral. Allen Purcell, o novo
diretor da Propaganda e Recreação, tinha
sempre sido feliz neste mundo. Pelo menos assim o pensava
até que entrou na caça generalizada ao profanador louco que
andava a pregar partidas insultuosas ao governo. É que nessa 

busca do escarnecedor herético, Purcell descobriu provas
que o apontavam como culpado. Se era verdade, como é que
ele o fizera? E como poderia enfrentar todo o peso de u
ma
sociedade escandalizada se fosse descoberto?"
Lembra em alguma coisa "Minority report"? Este livro é de
1956, portanto, bem anterior. Tem 126 páginas.

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Grupo 20 = dezenas 96, 97, 98, 99 e 00.
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O vencedor será indicado pelo sorteio da Loteria Federal
(link no item 2 do Regulamento), em 19/11/2014.
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quarta-feira, 12 de novembro de 2014

SORTESFCO 41 - RESULTADO

A dezena sorteada hoje foi 95,
(item 2 do Regulamento),
e a opção vencedora é de:
CYNTHIA!
Parabéns!

terça-feira, 11 de novembro de 2014

BOBAGENS LINGUÍSTICAS 24


Continuando no "Dicionário Etimológico Termos Médicos", de
Lima, Simões e Baracat, aprendamos com mais algumas
etimologias.

PITUITÁRIA
- Do latim Pituita, secreção mucosa, catarro, goma, resina.
No tempo de Galeno julgava-se que a secreção nasal
provinha do encéfalo, da hipófise e daí o nome de pituitária
que foi dado a essa importantíssima glândula. Foi só no
século XVII que se passou a verificar que a secreção mucosa
vem do nariz e nгo da pituitária.


Galeno viveu no século 2, então vemos aqui uma suposição
perdurar por 15 séculos, sendo materialmente comprovável.
Imagine-se o que não é domínio da matéria!

PLACEBO

- É o futuro do indicativo do verbo latino  Placere, agradar.
A tradução literal seria "agradarei".
Dava-se esse nome a certas prescriçзs que o médico fazia
"para agradar o doente", substâncias de pouca ou nenhuma
ação terapêutica. Hoje a significação corrente é a de
“substância sem ação terapêutica que se ministra para fins
de observação”.


Bons tempos em que o médico procurava agradar o doente!
Agora, prescrevem-lhe logo, não um, mas muitos remédios
e, entre eles, certamente um bem caro.

PLEURA
- Do grego Pleura, que primitivamente significava "lado do
corpo" ou "costela". O termo pleura significava também o
lado de um animal.
Galeno usava esta palavra tanto para costela como para
a membrana que reveste internamente o tórax e está
em contato íntimo com as costelas. Por mera metonímia,
passou a nomear apenas a membrana mucosa.


Curioso isso: Estar em contato com o João e passar a ser
chamado também de João. Então é vantajoso figurar junto
aos santos, mesmo se não aprendermos nada, seremos
também chamados de santos.

POLEGAR
– do latim Polles, polegar. No entanto, a origem da palavra é
incerta. Talvez do grego Pollein, ser forte, ou mesmo do latim
Polleo, eu tenho poder, força. Na cultura romana, o polegar
tinha grande importância por ser o mais forte de todos os dedos
da mão. Os imperadores traziam os anéis de sinete neste dedo
e o polegar apoiado no dedo indicador significava aprovação,
sua extensão para baixo (Pollice verso) significava condenação.
Este hábito foi de uso popular durante as lutas nos circos
romanos, selando caprichosamente o destino dos gladiadores.
O genitivo de Polles é Pollicis. A palavra poíicia, designando
instituição com poder tem a mesma origem do latim Pollere,
ter força, ter poder.


O que me vinha à mente ao ler ou ouvir a expressão 'polegar'
sempre foi 'pequeno', apesar de o menor dedo ser o minimo
(mindinho), devido ao "Pequeno Polegar", e nunca 'forte'.
Pasmado fiquei ao ler que 'polícia' teria sua origem neste
pequenino, pois polegar nunca bateu tanto quanto polícia!

POTÁSSIO
- Do inglês Pot ash, isto é, as cinzas (ash) que ficavam no
recipiente (pot). A palavra foi mais tarde latinizada para
"potassium". 

 
Ora vejam, de um humilde potinho de cinzas, um cinzeiro,
surge um poderoso elemento químico!

PREPÚCIO
- Do latim Pre, antes e Putum, palavra  arcáica que significava
pênis.


Sempre estranhei uma palavra tão pomposa para essa
extensão de pele, que não tem a mesma importância de uma
válvula mitral, um apêndice ileo-cecal, ou de uma artéria renal. 
Mas tá explicado, é frente de pênis, mesmo.

PUPILA
- Do latim Pupilla, diminutivo de Pupa, menina.
Consta que foi dado tal nome a essa parte do globo ocular 
porque os objetos do exterior ali se refletem em tamanho muito
pequeno.


Pensava que era apenas uma expressão poética, mas é menina
mesmo. Deve ter se originado com uma menina peralta, olhando
nos olhos do pai ou avô, e exclamando, ao se ver refletida:
"Tem uma menininha dentro do seu olho!"

Depois veremos mais do Dicionário Etimológico Termos Médicos",


ENXOMBRADO

Este verbete já foi enfocado no "Bobagens... 22", venho somente
ressaltar que, em minhas leituras de livros mais antigos (século
19 pra muita gente é pré-história), pela primeira vez, encontro
o termo utilizado de um modo corriqueiro. Trata se da descrição
de um tabelião lançando seus registros

"Encolhendo-se à medida que desciam as regras da escripta,
a tal mão de tarracha só levantava-se da banca para virar a
folha com um piparote, enxombrado da saliva que o dedo
mínimo furtava à boca, mas com a rapidez de um tiro de
bodoque."


Encontra-se na obra de José de Alencar, "Alfarrábios -
Chrônica dos tempos cloniaes - O Garatuja", datado de 1872.
Nota-se plenamente aqui, o significado da palavra que é
'umedecido. 

Por enquanto já dá pra abastecer o tanque.

Abraço do tesco.