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quinta-feira, 18 de setembro de 2014

CONTRACANTO: LI STODUCTO


Essa minha mania de comentar por meio de poemas não é tão
nova. Já em 2005, comentei num dos blogs da Eliane Stoducto,
poeta e letrista, falecida prematuramente em 2007.




Fonte: Blog póstumo Eliane Stoducto


















O poema postado não era longo, tratava-se apenas de uma
quadra, mas me sensibilizou sua singeleza e realidade.
Foi esse:

COLCHA DE RETALHOS
Eliane Stoducto, 2005.02.02-

"A felicidade é uma colcha de retalhos
que eu vou costurando devagar
tecendo-a com as linhas das tristezas,
dos risos e das lágrimas do olhar" 


   *   *   *  

E a vida é isso: Uma colcha de retalhos!
A gente a vai tecendo, cotidianamente, com o que se recolhe
conforme nossa visão, nossa filosofia de vida.

Alguns só encontram retalhos disformes, de textura áspera,
com padrão de figuras distorcidas, sem coloridos agradáveis.
Tudo resultado de sua própria visão das coisas.

Mas é com esses mesmos retalhos que a gente tem que tecer
a colcha, recortando-os em formatos que combinem com os
demais, harmonizando os padrões e cores, e alinhavando
tudo com suavidade e firmeza.

E assim completamos a bonita manta, que nos aquece nos dias
frios e nos refresca quando faz calor, e se impregna, pouco a
pouco, com nossas conquistas, nossos ganhos e nossos sonhos.

Não é programa do governo, é fato: Nossa vida, nossa colcha!
Assim, comentei-poemei também com uma singela quadra.
Desse modo:

MINHA COLCHA 
tesco, 2005.02.02-

"Minha colcha de retalhos é linda
Tecida com alegrias e sabores 
Mas não está completa ainda
Faltam-lhe venturas e amores" 


   *   *   *  

Em 2005 já não faltavam venturas e amores na minha colcha,
mas, realmente, ainda não estava completa. Nem está.

Abraço do tesco. 

3 comentários:

Shirley Brunelli disse...

Gostei mais de sua quadra, tesco. Jamais vamos achar que nossa colcha está pronta, somos eternos insatisfeitos, sempre queremos mais, isto é, tentamos mudar a cor e a forma dos retalhos...
Beijo!

Anônimo disse...



Lindo! Adorei!
Todos somos costureiros dessa colcha de retalhos!
hiscla

Denise Carreiro disse...

Na realidade, nossa colcha não se completa nunca, pois continuamos a tecê-la nas sucessivas vidas. Muita paz!