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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

"BIG BANG" DE NOVO

O que me chateia na teoria do "Big Bang"... 

- De novo, tesco? Você tá ficando chato, ou melhor, já ficou! 

Sei, a paciência dos leitores tem limite, mas não poderia sair 
desse assunto sem uma última consideração. 

- Vá lá! Vejamos se compensa a chateação. Mas que seja a 
última mesmo! 

Certo. É que a radiação de microondas, descoberta em 1965, 
por Penzias e Wilson, é usada como evidência do modelo 
cosmológico padrão, ou seja, o "big bang", mas é um fato que 
pode apoiar outras teorias. Portanto, temos aqui um desvio 
ideológico: Um fato, neutro em si, apontado como elemento 
de  uma única causa.  

- Como assim? Deveria apoiar outras teorias? 

Sim, apoia igualmente outras reorias exceto a de um universo 
estacionário. Acontece o seguinte, devido ao efeito Doppler-
Fizeau o espectro eletro-magnético sofre um desvio decorrente 
da velocidade relativa: Se algo se aproxima, o espectro desvia 
para o lado mais energético, no caso da luz, para o azul, se se 
afasta ocorre o contrário, vai para o lado menos energético, 
ou o vermelho, em termos de luz. 

Foi verificado que a maioria dos objetos astronômicos sofre 
desvio para o vermelho, donde se concluiu que se afastam de 
nós, daí a crença de que o universo se expande. Quanto mais 
distantes mais rápido se afastam e a luz recebida deles, mais 
fraca fica. Por isso há um limite para o universo visível, a luz 
vai para o domínio do infravermelho e nada mais se vê. Ora, 
não se deduz que daí por diante não exista mais luz, mas 
que tudo é igual ao que está aqui por perto, apenas não 
sendo visível para nós. 

A faixa do infravermelho se estende umas seis vezes mais 
que a luz visível, depois vem a faixa de microondas, por 
quase igual extensão. Portanto, me parece natural que se 
receba radiação de microondas de toda a parte, sem 
necessidade de nenhum "big bang". 

- Ah, tá. Microondas seriam captadas mesmo sem "big bang". 

Isso. E essas microondas  têm temperatura de cerca de 5 K, 
e uma freqüência de pico de 160,4 GHz, o que corresponde 
a um comprimento de onda de 1,9 mm, quer dizer, logo 
na sequência do domínio do infravermelho. Não será, de 
modo nenhum, espantoso que se capte microondas mais 
frias, de menor frequências e de maiores comprimentos de 
onda. É a tendência natural, mas pode ser divulgado como: 
"Cientistas captam novas frequências de microondas, ecos 
do "Big Bang", reforçando a teoria". 

- É, aí seria uma argumentação tendenciosa. 

Pois é, é isso que me deixa chateado, o pão que deveria ir 
para todos vai somente para alguns. Isso é abominável! 

Abraço do tesco. 

2 comentários:

Denise Carreiro disse...

Tesco, devo lhe confessar que acredito na explicação do big bang para a criação/expansão do universo. Não sei debater esses detalhes que vc coloca, minha inteligência em física é meio deficitária e não alcanço esses conceitos. Muita paz!

Shirley Brunelli disse...

Adoro esse tipo de assunto, tesco. Nossos sentidos físicos são bastante limitados, estamos "presos" numa faixa vibratória. Acredito existir o infinitamente grande e o infinitamente pequeno... Beijo e muita luz!!!