TRADUTOR

English French German Spain Italian Dutch Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

O MISTÉRIO DO "FILHO DO HOMEM"

Nos Evangelhos aparece várias vezes a expressão "Filho 
do homem", que é tomada, pelo menos entre os irmãos 
evangélicos, como um título de Jesus. 

Porém, no idioma hebraico, a expressão  - literalmente 
filho de Adão - não é incomum, e é utilizada para denotar 
um ser humano, uma pessoa. (ver na Wikipedia). 

Obviamente não é um título, pois nos diz Andrew Welburn, 
em "As origens do Cristianismo", no capítulo 9 
"Cristianismo e conhecimento: O filho do homem": 

"As palavras significam literalmente "filho do homem", 
isto é, um homem, de acordo com uma espécie particular 
usual nos idiomas semíticos, como por exemplo um 
mentiroso seria designado por "filho da mentira", um 
homem mau como "filho da maldade". 

Ocorre muitas vezes na Bíblia, tanto no Antigo quanto no 
Novo Testamento, mas quando é utilizada por Jesus, é vista 
como uma identificação com a profecia de Daniel (7:13-14), 
e que com isso, Jesus estava dizendo que era o Messias. 

Também o uso da expressão é interpretado como referência 
à humanidade de Jesus, como pode ser lido no site
Rocha 
Ferida: "além de ser divino, ele foi também humano.
Ele 
tinha duas naturezas coexistentes numa só pessoa". 

Minha interpretação é mais simples e menos teológica. 
Jesus se referia sim, à sua humanidade, pois estava 
encarnado como todos nós estamos, e se referia 
especificamente. ao corpo que estava utilizando. 
Como dizem o capítulo 14, verso 21 de Mateus: 
"Na verdade o Filho do homem vai, como dele está escrito...", 
e o capítulo 22, verso 22, de Lucas: 
"E, na verdade, o Filho do homem vai segundo o que está 
determinado...". 

Ou seja, fariam COM O CORPO de Jesus, o que quizessem, 
não com o seu verdadeiro ser, que é espírito, como é o de 
todos nós. Somos espíritos, o corpo é apenas um "filho do 
homem", e não deve ser posto em primeiro plano, em 
detrimento do 'eu' essencial. 

Quanto à questão do divino, ele é divino sin, como nós o 
somos também. 

- Que é isso, tesco, tá se comparando a Jesus? 

Claro, também somos filhos de Deus, não é? A essência, 
portanto, é a mesma. A diferença está no adiantamento, 
na gradação espiritual. É o mesmo caso de alunos do 
curso médio e de universitários: Todos são alunos. É 
também o caso de Bóris Casoy e de um gari qualquer, a 
diferença neste caso não é de adiantamento, mas apenas 
que um se julga superior, a essência, porém, é a mesma. 

- Tá bem, mas qual é a conclusão dessa lenga-lenga? 

Mais respeito, Álter, principalmente porque você não 
escreve nada. Mas deixo uma notinha como conclusão. 
O "Filho do homem" é grafado com maiúscula, 
provavelmente porque os textos em grego eram escritos 
todo em maiúscula, e a tradução em latim entendeu o 
termo como um título. 

A Igreja, comandando a Idade Média, não viu proveito 
em corrigir o erro. Daí termos hoje um Filho do homem 
que não é inteligível como deveria ser. Coisas da vida. 

Abraço do tesco. 

3 comentários:

Anônimo disse...

Meu querido, se não me falha a memoria essa discussão provocou um cisma na igreja católica e fez surgir a ortodoxa, não foi?
hiscla

Anônimo disse...

Todos somos filhos de Deus e o Sol nasce para todos; somos iguais.
Da mesma forma que apenas alguns têm o bronzeado perfeito e adequado, há os mais iguais e certamente não estou entre eles, não sou daqueles que mesmo não sendo donos do Mundo são filhos do dono e agem como tais.
Manoel Carlos

tesco disse...

O problema não foi bem esse, hiscla, o cerne da questão foi a tal da 'santíssima trindade". Seus defensores diziam que o Filho também podia emanar o Espírito Santo, igualmente ao Pai. Era a doutrina do 'filioque', não aceita pela facção grega. Daí a separação.
Beijos.