REINAÇÕES DE NARIZINHO de MONTEIRO LOBATO A obra infantil de Lobato é a mais fascinante da literatura brasleira. Este é o livro inicial da coleção "Sítio do Picapau Amarelo", com 15 volumes, publicada pelo Círculo do Livro no início dos anos 90. Este exemplar, infelizmente, perdeu a lombada, mas o restante está em bom estado. Aqui ocorre o contato com o mundo encantado, onde tudo pode acontecer, com o "pó de perlinpimpim", a boneca que vira "gentinha" e um sábio feito de sabugo.
INSCREVA-SE ASSIM Escolha apenas UM grupo, de 1 a 20, com 5 dezenas já determinadas. Exemplos: Grupo 1 = dezenas 01, 02, 03, 04 e 05. Grupo 20 = dezenas 96, 97, 98, 99 e 00. Basta indicar isto sua escolha nos comentários. O vencedor será indicado pelo sorteio da Loteria Federal (link no ítem 2 do Regulamento), em 27/06/2012. Escolha um grupo AINDA DISPONÍVEL, ATÉ às 17 horas do dia do sorteio.
Vamos nos ater somente à linguagem, nada de criminologia, nem de moral, muito menos de política.
Como vimos pela informação de BAGNO, não existe erro em língua. O povo sabe disso intuitivamente, e força os limites impostos pelos "sábios", os únicos que "realmente conhecem a língua".
Ora, como disse o MILLÔR: "Quando os eruditos descobriram a língua, ela já estava completamente pronta pelo povo. Os eruditos tiveram apenas que proibir o povo de falar errado". . Parece irônico,mas é a pura verdade: Quem formou as línguas não foram os eruditos e sim os povos simples e "ignorantes".
A gramática arrola como "errados", usos que nós, falantes da língua portuguesa no Brasil, fazemos simplesmente no dia a dia e, pouco a pouco (ou muito a muito, conforme o indivíduo), perdemos a vergonha em colocar por escrito.
Vejamos alguns desse usos taxados como "errados" e as regras defenestradas pelo costume popular.
1. INICIAR FRASES COM PRONOME OBLÍQUO: Em vez de "Me dá logo isso!", deve-se usar "Dá-me logo isso!". Amplamente ultrapassada no Brasil, esta regra ainda tem validade em Portugal, mas, como vemos, não tem nenhuma utilidade prática (nem teórica).
2. VERBO SEM A PREPOSIÇÃO EXIGIDA: Em vez de Assisti esse filme" deve-se dizer "Assisti a esse filme". Teoricamente, "assistir um filme" é auxiliar na produção desse filme, como faz um "assistente de produção". Porém, se você "assiste um filme" que foi produzido em Holywood em 1950, é inimaginável que você tenha ajudado na produção dele, né não?
Este sentido do verbo foi recuperado recentemente pelos narradores e comentaristas de futebol: O que era chamado "passe" tornou-se "assistência". Mas a torcida continua "assistindo o jogo" sem problema algum.
3. SIGNIFICADO ÚNICO PARA UM VERBO: "Custar" empregado como "demorar" é impessoal, não se conjuga, então, em vez de "Custei a conseguir isto", diga "Custou-me conseguir isto". Absolutamente falso. Todo mundo "custa" a perceber que o verbo é impessoal e o conjuga, não há impossibilidade, portanto, pode e deve ser feito.
4. PRONOME OBLÍQUO NÃO PODE SER SUJEITO: Nunca diga "Isso é pra mim fazer", é erradíssimo. "Mim" não pode fazer nada, quem faz sou "eu". Como a maior parte da gramática, isso também é teórico, "mim" faz coisa pra ninguém botar defeito. Sim, é feio, e daí? Língua é instrumento de comunicação e não passarela de miss. Beleza tem que ser encontrada é na literatura.
5. PRONOME RETO NÃO PODE SER OBJETO: Não se diz "Beija eu", mas "Beija-me". Gramático nunca escutou Marisa Monte. Nem viu as placas no meio da torcida: "Filma eu, Galvão". Nem a jocosa e irônica: "Come eu, Renan". Não sei a que se deve esta atual predileção por esta transgressão, pessoalmente não vejo a graça. Só canto "Leva eu, saudade" porque gosto da melodia e do resto da letra, mas respeito a opção popular. ("no meio da torcida" cinco linhas acima, também está "errado", pois não tenho como determinar o centro geométrico da torcida. Teria que escrever "em meio à torcida").
6. USO DE "ONDE": "Onde" deve ser usado apenas para lugares: "Ela está onde? Em Paris ou em Madrid?". Para outras situações, deve-se usar "em que". Ou seja, a frase onde o "onde" aparece como nesta frase, está errada!
Antes que você me mande enfiar meus exemplos... no saco, um último caso. Trata-se de uma polêmica antiga, quando eu entrei na escola, já se discutia isso.
- Nossa! Então é antiquiquíssimo!
7. USO DA PARTÍCULA "SE" COMO APASSIVADORA: "Vende-se casa", mas em caso de plural, "Vendem-se casas". Sempre entendi este "se" como indicador de sujeito indeterminado, ou seja, "alguém vende casas". A ideia de que, quem coloca a placa quer dizer "casas são vendidas", não entra na minha tosca mente. Eu acho que é a gramática que mente.
Existem muitas controvérsias mais e eu sou, na maioria delas, a favor da interpretação popular. O que eu desejo mesmo, é que você se junte a mim e gritemos em coro para os Gramáticos: Enfiem sua regras... na gaveta!
HELENA / O ALIENISTA de MACHADO DE ASSIS "Helena" é a típica trama do romantismo: Enigmas do passado, atos escondidos, desconfianças, revelações... Ainda se lê hoje com bom interesse, mas nada de recomendável para meninos de 10 a 14 anos, como a escola costuma fazer. Isso é desincentivar a leitura. Já "O alienista" é dinâmico, cheio de situações cômicas e inusitadas, o que atrai o leitor para novas aventuras leiturísticas. Ler Machado sempre faz bem.
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"Substituir as ideias pelas palavras, o sentimento pela frase", como diz Balzac, em "A menina dos olhos de ouro", conduz, fatalmente, ouvintes e leitores, a confusões e mal entendidos.
Na tentativa de evitar essas dificuldades, surgiram as gramáticas e os gramáticos. Estes, porém, em vez de basearem-se nos falantes, basearam-se nos documentos escritos muitos anos antes, fundados na crença de que "os antigos faziam melhor". Tentavam engessar a linguagem.
Criaram, assim, uma dificuldade maior, a "noção folclórica de 'erro'", no dizer do linguista Marcos Bagno:
"A principal (e pior) consequência do elitismo e do caráter não científico da Gramática Tradicional foi o surgimento da noção folclórica de "erro".
[...] tudo que não estivesse de acordo com as regras da GT, tudo que escapasse do seu sapatinho de cristal, era considerado "errado", "feio", estropiado", "deselegante", etc.. O grande problema com essa noção ultrapassada é que, como estudos linguísticos modernos têm revelado, simplesmente não existe erro em língua. Existem sim, formas de uso da língua diferentes daquelas impostas pela tradição gramatical. No entanto, essas formas diferentes, quando analisadas com critério, revelam-se perfeitamente lógicas e coerentes."
(Marcos Bagno em "Potuguês ou Brasileiro/ Um convite à pesquisa",capítulo 1.4)
Atentem para a informação: NÃO EXISTE ERRO EM LÍNGUA! Nós rimos (sim, eu me incluo na lista) das "estropiações" na linguagem (geralmente na escrita),mas deveríamos rir apenas do inusitado das situações.
Ainda mais que, as mudanças de ortografa não são erros de gramática! Pode soar estranho, mas a ortografia do português (pelo menos no Brasil) sofreu três reformas: a946, 1971 e 2010, sem mudanças na gramática. Também o idioma turco,em 1928, passou a ser escrito em caracteres latinos, substituindo os caracteres árabes, sem qualquer alteração na gramática.
Portanto, compreender sem zombaria, mais do que um "ato humanitário", consiste numa obrigação humana. O erro já seria compreensível, o "erro" que não é erro, então...
No próximo post da série enfocaremos alguns dos "erros" que já superaram a fase de engatinhar, mas que os gramáticos ainda olham do alto de suas cátedras, e outros que já começam a espernear.
IRACEMA / LUCÍOLA de JOSÉ DE ALENCAR Escritos típicos da literatura romântica brasileira, relatam amores "impossíveis". Em "Iracema" é o romance entre uma índia e um colonizador português, em "Lucíola" temos o romance entre um jovem de "boa família" e uma cortesã (termo da época para prostituta), ambos os fatos repudiados pelas sociedades das épocas. Como bem característico do romântico, a morte das heroínas resolve a situação.
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A LUNETA MÁGICA de JOAQUIM MANUEL DE MACEDO Luneta era o nome usado para monóculo, que é o caso aqui, o protagonista tem uma severa miopia e a remedia com o uso de monóculo. Porém, a 'luneta' que adquire, lhe dá, após três minutos de fixação no objeto, apenas o aspecto maléfico das coisas e pessoas. Depois de algum uso, quebra-a e adquire outra, que tem a qualidade oposta: Somente mostra o lado bom das coisas. Esta também só complica sua existência. Não é saudável viver vendo apenas um aspecto da vida.
MEMORIAL DE AIRES de MACHADO DE ASSIS Pode parecer enfadonho, já que não oferece um roteiro definido e é escrito como um diário em que o Conselheiro Aires conta o seu dia a dia, mas é uma das mais interessantes obras de Machado. Contendo situações variadas e o panorama do final do século 19 no Riode Janeiro, sob os comentários vivazes de Aires que, naturalmente, refletem o ponto de vista de Machado.
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AS NOVAS PROFECIAS DE NOSTRADAMUS de JEAN-CHARLES DE FONTBRUNE Evidentemente não são 'novas' profecias, mas novas interpretações. E estas não são tão novas, datam de 1995-97. Comprei-o porque já havia adquirido antes "Nostradamus: Historiador e profeta", de 1980, do mesmo autor, e as interpretações (do futuro) me pareceram condizentes. Acresce que, seu pai, Max de Fontbrune, tinha publicado, em 1940, interpretação das profecias, em que previa a queda de Hitler e, obviamente, o livro foi recolhido e proibido pela polícia alemã. No presente livro, Fontbrune se mostra um tanto confuso e obscuro, mas é uma leitura interessante mesmo assim.
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IDEOLOGIA DOS POETAS POPULARES de RENATO CARNEIRO CAMPOS Não é romance nem repotagem, mas um estudo sobre as ideias que norteiam os escritores de folhetos populares (obviamente do século passado - o folheto de hoje é a TV). Não é de estilo pesado, tem frequentes trechos da literatura de cordel e tem apenas 70 páginas. Não cansa, pelo contrário, aumenta o interesse por este fascinante campo de pesquisa. INSCREVA-SE ASSIM: Escolha apenas UM grupo, de 1 a 20, com 5 dezenas já determinadas. Exemplos: Grupo 1 = dezenas 01, 02, 03, 04 e 05. Grupo 20 = dezenas 96, 97, 98, 99 e 00. Basta indicar esta sua escolha nos comentários. O vencedor será indicado pelo sorteio da Loteria Federal (link no ítem 2 do Regulamento), em 06/06/2012. Escolha um grupo AINDA DISPONÍVEL, ATÉ às 17 horas do dia do sorteio.
3. Se a dezena do 5º prêmio não tiver sido escolhida, será vencedor quem tiver escolhido a dezena imediatamente superior ou, na falta deste, a imediatamente inferior e assim, sucessivamente, até haver um vencedor.
4. Serão aceitas as inscrições de leitores que publiquem e-mail válido ou home-page, ou já sejam conhecidos do responsável pelo blog.
5. O vencedor enviará endereço (no Brasil) para recebimento do brinde, em e-mail para nossa caixa postal: gtesco@gmail.com
6. Casos omissos serão decididos pelo responsável pelo blog.