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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

AMAR E NECESSITAR


Continuando a republicar textos que não mais podem
ser acessados, vai aí uma crônica de maio de 2005.

Não esqueçam que o "aqui" citado é o blog Nós por Nós,
ainda hospedado no Weblogger.

Minha opinião, expressa no texto, ainda é a mesma.
Talvez eu seja um dinossauro, mas ainda sou coerente,
apesar disso.



AMAR E NECESSITAR

Já se comentou aqui, que amar é querer uma pessoa sem
necessitar dela.
Eu não vejo isso como possível. Amar é necessitar.
Mesmo sabendo que amar é doação, eu vejo que é,
ao mesmo tempo, necessidade.

Há necessidade de um alvo para a seta do amor
(sem referências mitológicas).
Amor precisa ser dirigido a algum objetivo.
Nem que seja um cachorro, um hamster, uma plantinha,
há necessidade de uma meta, para onde deva ser
direcionado o sentimento de entrega.
Se esse objetivo não pode faltar, fica evidente a
necessidade dele e, conseqüentemente, o amante é
forçado a necessitar do objeto amado.

Sem dúvida, essa necessidade pode variar de intensidade.
Amores, embora ainda não se disponha de um medidor
apropriado, são tão diferentes quanto são diferentes as
pessoas. Mas a necessidade permanece.
De um apego patológico a um esboço de sorriso, esta
necessidade se manifesta, e dura e perdura enquanto
a relação for de afeto.

A atitude de excluir o resto do mundo de uma relação
afetiva é característica universal dos amantes,
principalmente (mas não unicamente), na fase inicial
de um romance.
A paixão se dilui e a necessidade esvaece, mas não
desaparece.

Disse Alphonse de Lamartine, um dos campeões de
citações famosas:
"Às vezes, quando uma pessoa está faltando, o mundo
inteiro parece despovoado".

Essa sensação parece ser uma verdade para a maioria
dos casos de amor de que eu tenho conhecimento.
Se um amante não sente falta do amado, algo está
faltando nessa relação. E falta indica necessidade.

Assim, o título desta pequena exposição pode
continuar sendo "Amar e necessitar",
mas a conclusão é: Amar é necessitar!

Abraço do tesco.

3 comentários:

hiscla disse...

Tesco...
Não sei se tenho opinião formada sobre isso, mas quando necessito parece que algo "algo esta errado". Penso, cá comigo, mas sinto que se um dia me faltar o pequeno alvo que aqui mora comigo, se esta cria minha também se for, desligar-se de vez deste modelo de mãe...minhas forças estariam minimizadas - embora nada faça para retê-lo e cuido para que o sentimento não se torne "simples apego", piegas demais.
Não saberia eu dizer se teria razão pra me levantar cedo demais ou motivo pra ma deitar depois das 23:30. com certeza iria embora a vontade de acertar sempre...
Mas isso é o que sinto, que nem sempre é o que penso. E nem sei se amor pode ser pensado.
Acho que nada sei desse verbo!

Daniel Savio disse...

Amor é uma necessidade básica, pior que as vezes ela extrapola...

Fique com Deus, menino Tesco.
Um abraço.

Anônimo disse...

Tesco, para mim o ideal seria amar sem necessitar do objeto amado. Pois é, falar é fácil. O difícil é explicar isso para o meu coração.
Beijotescas
Yvonne