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quinta-feira, 2 de julho de 2009

SOLO VENIMOS A SOÑAR


"Sólo venimos a dormir, sólo venimos a soñar:

no es verdad, no es verdad que venimos a vivir
en la tierra.


En yerba de primavera venimos a convertirnos:
llegan a reverdecer,
llegan a abrir sus corolas nuestros corazones,
es una flor nuestro cuerpo:
da algunas flores y se seca.

¿Puede ser vivido en la Tierra?
No para siempre en la Tierra: sólo un poco.
Aún cuando sea jade lo que rompa,
aún cuando sea oro lo que rompa,
aún cuando sean plumas de quetzal lo que desgarre,
no para siempre en la tierra: sólo un poco".

Este bonito poema é da tradição popular mexicana,
e relaciona-se ao Dia dos Mortos.

Há uma tradução no livro "Depois da vida", de Sukie
Miller, que não é literal, mas é muito interessante:

"Viemos apenas para sonhar, para adormecer;
não é verdade, não é verdade
que viemos à Terra para viver.

Daqui para onde deveremos ir?
Viemos aqui para nascer apenas,
além está nosso lar, residência do incorpóreo.

Acaso sobre a Terra vive, realmente, alguém?
O sempre não o conhece a Terra,
somente o fugaz aqui tem permanência".

Parece um post extemporâneo, que devia ser
publicado em novembro, mas o post não é para
homenagear mortos, sim para reiterar a
transitoriedade da nossa vida.

- Ora, tesco, isso a gente já tá cansado de saber!

Sim, é verdade, de saber sim, mas não incorporamos

esse conhecimento, no nosso cotidiano. Parece que
algumas pessoas pensam que vão viver na Terra por
toda a eternidade.

Todos deveriam lembrar-se com mais freqüência, de que
nosso corpo físico é transitório, e que, mais dia menos
dia, vamos devolvê-lo à Natureza.

- Entendo, com a queda no mês passado você ficou
pessimista.

Pelo contrário, estou cada vez mais otimista! O assunto
nada tem com a queda passada, queria apenas divulgar
o poema, que achei muito bonito. Mas, como disse
Teilhard de Chardin: “Não somos seres humanos
passando por uma experiência espiritual, somos seres
espirituais passando por uma experiência humana”.
Então, à medida que o tempo passa, fico mais perto do
meu verdadeiro lar, a “residência do incorpóreo”.

Isso não tem nada de pessimismo, que o corpo decai,
falece e apodrece, é fato conhecido desde a aurora da
humanidade. O que é um pouco mais recente é o
reconhecimento de que a nossa essência, nosso eu,
bem mais glorioso, menos “terra-a-terra”, é imaterial.

- E quem lhe garante isso?

Tudo no mundo assevera isso! Já afirmou Camille
Flammarion, renomado astrônomo do século 19:
“Tudo quanto vemos não é mais do que aparência.
A realidade é outra”. Mas não foi gratuitamente que ele
disse isso. Disse-o porque o sólido, em análise profunda,
é inexistente.

- Ta ficando louco, tesco?

Pode ser loucura, mas não é minha. Veja: A matéria é
constituída por moléculas QUE NÃO SE TOCAM e as
distâncias entre elas são relativamente grandes. As
moléculas são formadas por átomos, que podem situar-
se relativamente próximos uns dos outros, mas, as
“partículas” aue os constituem (estas “partículas” são,
em última instância, movimento), NÃO SE TOCAM e a
distância entre elas são relativamente astronômicas.
Assim, na verdade, a matéria esteja sólida ou não, é
mais vazio do que algo tangível. Concluindo: Só vemos
aparências.

- Tá certo, tudo são aparências, mas daí, concluir que
quem morre volta ao “verdadeiro lar”, não é um pouco
demais?

Claro que não! As coisas não se sustentam apenas por
causa de nossos belos olhos. Existe algo que mantém a
coesão de tudo isso. E é, basicamente, o mesmo algo
que sustenta a Terra no espaço, e junto com ela, os
demais planetas, o Sol, e todos os astros na imensidão.

São forças que não vemos, não somente invisíveis como
IMATERIAIS! Quem não acredita no imaterial tem um sério
problema de percepção, pois não é questão de
acreditar, e sim de perceber.

Como todo o universo é coerente e como tudo é
imaterial, não vejo razão pra que os seres humanos
sejam diferentes. Portanto, somos essencialmente
espirituais, e como tal, não sou um corpo físico que
possui alma, sou uma alma que está na posse de um
corpo físico.

- Bem...

Sim, pode refutar noutra ocasião, por ora o post já tem
argumentação suficiente. Volte outro dia.

Abraço do tesco!

4 comentários:

Edu e Mau disse...

Perfeita a sua definição, tesco! É isso mesmo: almas que se cercam momentaneamente de algumas partículas, átomos, proteínas para poderem coabitar no planetinha.

hiscla disse...

O escrito me parece um desejo de partir, emio nostagico rsssssssssss

Yvonne disse...

Tesco, não tinha pensado nessa possibilidade. Concordo com o Edu.
Beijocas

Daniel Savio disse...

Tentei ler um pouco do poema, mas o meu conhecimento de espanhol é quase zero...

Mas pelo o pouco que entendi "Não dá para viver para sempre na Terra, apenas um pouco"...

O que houve mês passado menino Tesco?

Fique com Deus, menino.
Um abraço.