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quarta-feira, 22 de julho de 2009

PANGEA


Você já deve ter lido ou ouvido falar de Pangea.

Foi um gigantesco supercontinente que existiu
há cerca de 200 milhões de anos, reunindo
todas as terras que classificamos como
continentes atualmente.

A partir daí começou a dividir-se, dando origem,
inicialmente, a dois outros supercontinentes,
Laurásia e Gondwana e, subdividindo-se mais
ainda, deixou-nos os continentes na sua forma e
disposição atuais.

Essa movimentação também nos legou diversas
cadeias de montanhas como os Andes, a cadeia
meso-americana, a Sierra Madre no México, as
Montanhas Rochosas dos EUA e Canadá, além
dos Alpes, o Atlas, o Himalaia e outros menos
cotados.

Esse surgimento de montanhas, chamado de
orogenia, resulta do choque entre as placas
continentais entre si ou do encontro com placas
oceânicas.

O que os textos e documentários normalmente
não informam, é que esse “passeio” continental
não foi o primeiro nem o único.

Vários ciclos desses podem ser identificados e o
são porque esses encontros e desencontros de
continentes ficam documentados justamente
pelas orogêneses. As montanhas não se elevam
isoladamente, sempre formam cadeias, e
denunciam as idas e vindas das placas
continentais.

Assim, mais uma vez fica demonstrado que tudo
flui, nada é permanente nesse mundo.

As montanhas são arrasadas com o tempo. Os
continentes mudam de lugar e forma, Fundos de
oceanos vêm à tona e rochas superficiais
tornam-se novos fundos de mares. Rochas são
fundidas dando origem a outras e, quando ficam
na superfície da Terra, são desintegradas
lentamente para formar novas rochas. Solos são
formados e transferidos para rios e mares.
Espécies animais e vegetais são extintas e
novas espécies surgem.

Há um revezamento constante em toda a
Natureza. Nada fica no lugar, tudo é
movimentado, tudo é movimento.

Às vezes, se olha uma paisagem e se acha tudo
muito quieto: Nenhuma pessoa circulando, o ar
parado, sem barulho a incomodar... Pura ilusão!
Tudo está em movimento.

Mais
de seis bilhões de pessoas, dormindo ou
acordadas, estão respirando, as minhocas
continuam escavacando a terra
subterraneamente (quem lhes regula o
horário?), milhares de espécies têm atividade
noturna, a própria Terra não para em seu
movimento.

Vida é movimento!

E o que chamamos de inanimado também é
movimento!
Em qualquer pedaço de matéria as moléculas e
os átomos estão em constante vibração e os
elétrons estão em vertiginosa velocidade.
O repouso existente na Natureza se resume
apenas na limitação de nossos sentidos.

Daí nos vem outra lição:
Nada se acaba, tudo é reciclado!
Lavoisier disse primeiro? Bem, nada é perfeito.
Reciclemos então.

Parafraseando Arquimedes: Dê-me tempo e
transformarei o Sol em cinzas! (uns seis bilhões
de anos talvez). Notem, ‘transformarei” e não
“acabarei com ele”.

Não há previsão para a extinção do universo.
Embora façam previsões para quanto tempo ele
pode durar, provavelmente ele será
transformado em outra coisa.

Por isso tudo, insisto e toco a mesma tecla:
Por que o homem seria exceção na Natureza?

Abraço do tesco.

4 comentários:

Daniel Savio disse...

Hua, kkk, ha, ha, fazia tempo que não "fala" contigo...

Pena que não estejemos deixando boas mudanças no mundo (um mundo meio que poluído)...

E bom texto menino

Fique com Deus, menino Tesco.
Um abraço.

hiscla disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
hiscla disse...

Meu querido...sou tb da idéia da transformação e movimento, é como uma dança que nunca acaba!
Quando algo nos dói ou esta para ser transformado, temos a idéia de destruição e deve ser por isso que sofremos tanto com alguns eveses da vida.
Não passo errado nesta dança!

Clenes Calafange disse...

Titioooo! Arrasou!
Este texto pode até aparentar simplicidade e talvez até aparentar que está livre de maiores intenções - o que eu duvido muito, partindo do senhor - mas eu confesso que adorei cada parte dele.

"Nada fica no lugar, tudo é
movimentado, tudo é movimento".
Perfeito! Imagina se tudo fosse parado, estático... Vida é movimento e movimento é vida. E, por outro lado, isso fala um pouco da nossa condição enquanto seres humanos, pois temos mudanças constantes, frequentemente. Estava conversando isso com uma amiga há uns 20 minutos atrás. Dizia-lhe que já não sou a mesma de 5, 3, 2 anos atrás... me movimentei; então já sai do lugar, da mesmice, da 'paradez', da inércia...

beijos, tio!