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quarta-feira, 27 de maio de 2009

TAPUIAS


Eis mais uma curiosidade inútil, coisas nas
quais eu me deleito. Evidentemente é um
conhecimento que vocês, já cansados de
carregar, querem jogar fora, mas que ainda
são novidade pra mim.

Em "Os Sertões", no capítulo 2 da seção que
trata do homem sertanejo, Euclides da Cunha
cita nomes de localidades que eu não fazia a
mínima idéia que não fossem termos tupis.

Ele dá uma idéia da localização geográfica,
depois passa a dar nomes aos bois:

"Transpondo o S. Francisco em direção ao
sul, penetra-se de novo numa região ingrata
pela inclemência do céu, e vai-se
atravessando a bacia elevada do Vaza-Barris,
antes de ganhar os trechos esparsos e mais
deprimidos das chapadas baianas que,
depois do salto de Paulo Afonso, depois de
Canudos e de Monte Santo, levam a Itiúba, ao
Tombador e ao Açuruá.

Aí, nesse trecho do pátrio território, aliás dos
mais ingratos, onde outrora se refugiaram os
perseguidos destroços dos Orizes, Procás e
Cariris, de novo aparecem, designando os
lugares, os nomes bárbaros de procedência
tapuia, que nem o português nem o tupi logrou
suplantar.

Lêem-se então no mapa da região com a
mesma frequência dos acidentes
topográficos os nomes como Pambu,
Patamuté, Uauá, Bendegó, Cumbe, Maçacará,
Cocorobó, Jeremoabo, Tragagó, Canché.
Chorrochó, Quincuncá, Conchó, Centocé,
Açuruá, Jequié, Xique-Xique, , Sincorá,
Caculé ou Catolé, Orobó, Mocugé, e outros,
igualmente bárbaros e estranhos".

Não sei se são nomes "bárbaros e
estranhos", Euclides era muito
preconceituoso, mas, sem dúvida, são
termos pitorescos.

Abraço do tesco.

11 comentários:

Anônimo disse...

Também acho que devemos consolar o desgraçados, porém, há certos desgraçados que não aceitam ser consolados. aí? O que fazer

Beijos

Edu e Mau disse...

Podem ser termos bem carinhosos de usar, hein?

Meu Uauá, meu uouô!
Meu bendegozinho lindo!
Vem fazer um quincuncá gostoso, vem!

tesco disse...

É, Edu, eu não tinha pensado nisso, mas soa bem. Rerrerré!Agora, ddeixe de chorrochó e venha pro tragagó! Rarrarrá!

tesco disse...

Luciana, quando não querem ser consolados, devemos atender à outra exortação evangélica, não jogando pérolas aos porcos. Se o esforço não é aproveitado, nada de se esforçar em vão. _Beijos.

hiscla disse...

nada sei de luinguistica, nao me meto a comentar...mas Euclides é uma opção de leitura para quem tem muito tempo de da vagareza das coisas...
A segunda parte do mesmo livro é bem mais interessante que os aspectos geográficos da primeira.
abraços

Magna Santos disse...

Pode crer: é novidade para mim também. E, sinceramente, os nomes podem até ser estranhos pra muita gente, mas bárbaros??
O que o pobrezinho do catolé e do xique-xique tem de bárbaro? Fica aqui meu protesto de sertaneja.
Abraço.
Magna

Vivian disse...

...que lembrança linda
que de bárbaro não tem nada,
e sim de brejeirice que encanta.


Pambu, Patamuté, Uauá, Bendegó, Cumbe, Maçacará, Cocorobó, Jeremoabo, Tragagó, Canché.
Chorrochó, Quincuncá, Conchó, Centocé, Açuruá, Jequié,
Xique-Xique, , Sincorá,
Caculé ou Catolé, Orobó,
Mocugé.

que gostoso...rsss

bjbj

obrigada por não esquecer
desta amiga relapsa.

Barbara disse...

Euclides era tão preconceituoso que as histórias dele aqui, onde morou, (Petrópolis)se sabe de coisas do arco da velha .
Bom autor sim mas como pessoa..."virge santa"...

Anônimo disse...

Nem imagina que tive que ler duas vezes Os Sertões: uma vez na Universidade e outracom os meus alunos, em Literatura,para o vestibular.
Confesso que ele tem umaliteratura difícil e cansativa, o que não tira o seu mérito de excelente escritor.
Preconceituoso,sim,ele era e não era pouco.
Lamento, porém, pelo fim que teve.

Beijos e bom final de semana!

Lu

Mauro Castro disse...

Xique-Xique é bárbaro.
Há braços!!

Daniel Savio disse...

Cara, tem gente que aproveita a geografia real para ambientar as suas histórias...

Tem gente que criou uma geografia para ambientar as tuas história, como as história de Conam, a história do Senhor dos Anéis.

Fique com Deus, menino Tesco.
Um abraço.